Recontagem nos EUA seria teste para integridade do sistema eleitoral, diz Partido Verde
Por Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - A candidata a presidente pelo Partido Verde nos Estados Unidos, Jill Stein, disse nesta sexta-feira que a sua campanha por uma recontagem de votos em Wisconsin, Michigan e Pensilvânia tem como objetivo avaliar a integridade do sistema eleitoral norte-americano, e não minar a vitória de Donald Trump para a Casa Branca.
Ao mesmo tempo que o esforço dela nesta semana pode ter criado esperanças entre simpatizantes decepcionados da democrata Hillary Clinton, as chances das recontagens, se elas ocorrerem, reverterem o resultado geral das eleições de 8 de novembro são extremamente pequenas, dada a margem da vitória de Trump nos três Estados.
O Partido Verde afirmou que, apesar dos milhões que angaria para financiar as recontagens, não pode garantir que elas vão ocorrer, e que, se os seus pedidos forem negados ou se houver recursos excedentes, ele vai usar o dinheiro para pressionar por reformas no sistema eleitoral.
Jill Stein, que recebeu somente um por cento do voto nacional, afirmou à CNN que, ao mesmo tempo que não há evidência de manipulação ou outros problemas na votação, somente uma revisão completa nesses Estados daria aos norte-americanos confiança nos resultados.
"Essa foi uma eleição cheia de ações hacker”, afirmou ela, referindo-se aos ataques antes do pleito contra organizações políticas e contas pessoais de email, além de relatos recentes da imprensa apontando as preocupações de especialistas em segurança de computadores.
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