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Arábia Saudita diz que vai ter "grande impacto" na produção de petróleo com acordo na Opep

30/11/2016 09h57

Por Ahmad Ghaddar e Alex Lawler e Rania El Gamal

VIENA (Reuters) - O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse nesta quarta-feira que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está perto de chegar a um acordo para limitar a produção, acrescentando que Riad está preparada para aceitar "um grande impacto" na sua própria produção e concordar que seu grande rival Irã congele a produção em níveis anteriores às sanções.

Os comentários podem ser vistos como um recuo do governo saudita, que nas últimas semanas vinha insistindo que o Irã deveria participar integralmente de qualquer corte de produção.

Os preços do petróleo Brent subiam mais de 7 por cento nesta manhã, tocando máxima intradia de 49,99 dólares por barril.

A sessão a portas fechadas começou por volta das 8:00 (horário de Brasília) e uma conferência de imprensa está agendada para 13:00 (horário de Brasília).

Falih também disse que a Opep está focada na redução de produção para teto de 32,5 milhões de barris por dia (bpd), ou corte de mais de 1 milhão de bpd, e espera que a Rússia e outros países de fora do cartel possam contribuir com corte de 600 mil bpd adicionais.

"Isso significa que nós (sauditas) vamos fazer um grande corte e sofrer grande impacto na nossa atual produção e na nossa previsão para 2017. Mas nós não iremos fazer isso caso não tenhamos certeza de que há consenso e um acordo para atender todos os princípios", disse o ministro.

Confrontos entre Arábia Saudita e Irã têm dominado as reuniões mais recentes da Opep.

Na terça-feira, o Irã escreveu à Opep que queria que a Arábia Saudita cortasse produção em até 1 milhão de bpd, mais do que Riad estava disposta a oferecer, disseram fontes que viram a carta.

Contudo, o tom mudou na agora. "Estou otimista", disse o ministro de Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, acrescentando que não houve nenhum pedido para que o Irã corte produção. Ele também afirmou que a Rússia está pronta para reduzir produção.