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Governo chileno trabalha para restabelecer conectividade em área afetada por tremor

26/12/2016 14h34

Por Gram Slattery

SANTIAGO (Reuters) - O governo do Chile trabalha nesta segunda-feira para consertar estradas e restaurar a eletricidade em regiões do sul do país afetadas por um grande terremoto que atingiu o país no Natal, assustando milhares de pessoas, mas sem deixar mortos ou danos mais graves.

O tremor, de magnitude 7,6 e com epicentro nas Ilhas Chiloe a noroeste da Patagônia, levou milhares de pessoas a deixarem a região turística e de pesca de salmão em busca de locais mais altos em meio a temores de um tsunami. O tsunami, no entanto, não aconteceu e graças à rigidez nas regras de construção na nação afetada por terremotos, os danos estruturais foram leves. Até a noite de domingo, a maioria dos chilenos já havia retornado para casa.

O tremor, entretanto, causou o colapso de pelo menos uma ponte, cortou a energia elétrica de 21 mil chilenos, e prejudicou trechos da principal rodovia da ilha.

"Há regiões com deslizamentos de terra e interdições", disse o ministro de Obras Públicas do Chile, Alberto Undurraga, em declarações transmitidas pela TV, acrescentando que serão necessários de dois a sete dias para fazer os reparos necessários nas rodovias da região.

"Todas as nossas equipes estão na ilha para restabelecer a conectividade, que é o principal aspecto afetado na ilha. O resto está funcionando normalmente, as cidades estão funcionando."

O ministro de Energia do Chile, Andrés Rebolledo, disse no Twitter que a energia foi restaurada para todos os consumidores, com exceção de 6 mil deles, até a noite de domingo.

A estatal chilena de petróleo, a Enap, informou no Twitter que uma de suas embarcações já atracou em Chiloe, garantindo o fornecimento de gasolina pelo menos os próximos 15 dias. Nos momentos posteriores ao terremoto, muitos dos moradores da ilha correram para os postos de combustível com receio de que os danos nas estradas afetariam o fornecimento.

O único porto relevante da região, na cidade de Puerto Montt, reabriu após um breve fechamento, de acordo com a Marinha, e o serviço de aquicultura do Chile disse que a importante indústria de salmão da região não foi afetada.

"Quero enfatizar a maneira exemplar que as comunidades afetadas reagiram", disse a presidente chilena, Michelle Bachelet, em discurso.

"O governo vai continuar indo a campo, tomando todas as medidas necessárias para restabelecer a normalidade nas Ilhas Chiloe."