Ações da Unilever recuam após Kraft retirar oferta de fusão
LONDRES (Reuters) - O rápido recuo da Kraft Heinz
A Kraft, apoiada por Warren Buffett e pela empresa de private equity 3G, queria comprar a Unilever como parte de sua estratégia de se tornar uma gigante global de bens de consumo, comprando concorrentes e cortando custos e empregos para gerar lucros.
No entanto, o grupo de alimentos dos EUA não considerava a resistência que recebeu do presidente-executivo da Unilever, Paul Polman, que rejeitou a sua oferta, avaliando que a mesma não tinha qualquer mérito financeiro ou estratégico, não exigindo mais discussão.
A resposta do governo britâncio também foi uma preocupação depois que a primeira-ministra Theresa May sinalizou que adotaria uma abordagem mais proativa para aquisições estrangeiras, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
May, que já havia escolhido a aquisição da Kraft em 2010 de outro nome britânico, a Cadbury, como exemplo de um acordo que deveria ter sido bloqueado, indicou que seu governo iria querer examinar o negócio se fosse adiante, de acordo com uma pessoa a par da situação.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que trabalhava na Unilever, também disse que analisaria o que isso significaria para a Holanda tanto no sentido "positivo e negativo".
As ações listadas em Londres da Unilever, que subiram 13 por cento para uma máxima recorde quando a oferta foi divulgada na sexta-feira, recuavam mais de 7 por cento, depois que a Kraft disse em um comunicado no domingo ter retirado a sua proposta.
(Reportagem de Kate Holton e Pamela Barbaglia)
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