Indonésia faz prisões e Estado Islâmico reivindica ataques em Jacarta
Por Gayatri Suroyo e Stefanno Reinard
JACARTA (Reuters) - A polícia da Indonésia prendeu nesta sexta-feira três pessoas suspeitas de ligações com ataques suicidas em Jacarta, e o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques que mataram três policiais em um ponto de ônibus e feriram outros 12.
O atentado foi o mais mortífero na Indonésia desde janeiro de 2016, quando oito pessoas foram mortas, quatro delas agressores, depois que homens-bomba e atiradores atacaram a capital Jacarta.
Depois de visitar o local dos ataques de quarta-feira, o presidente indonésio, Joko Widodo, disse que seu país precisa acelerar os planos de fortalecimento das leis antiterrorismo para evitar novas agressões.
"Se fizermos uma comparação com outros países, eles já têm regulamentações para permitir que as autoridades evitem (ataques) antes que eles aconteçam", disse Widodo em uma coletiva de imprensa.
O presidente disse ter ordenado que o principal ministro da área de segurança faça as revisões o mais cedo possível.
Planos de longa data para reformar as leis antiterrorismo indonésias de 2003 foram refreados pela oposição de alguns partidos do Parlamento e pelos temores a respeito dos direitos individuais.
As revisões devem ampliar a definição de terrorismo e dar à polícia o poder de deter suspeitos sem julgamento por mais tempo. As mudanças permitiriam à polícia prender pessoas por discursos de ódio ou por disseminarem material radical, além daqueles que participassem de treinamentos paramilitares ou se unissem a grupos ilegais.
Muhammad Syafi'i, do partido oposicionista Gerindra, que preside um comitê que estuda o projeto de lei, disse que os debates devem terminar neste ano, mas que ainda existem questões pendentes, como garantir contrapesos na agência de contraterrorismo.
(Reportagem adicional de Ali Abdelatti no Cairo)
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