Provável sucessor de Raúl Castro rejeita exigência dos EUA por mudanças em Cuba
O provável sucessor do presidente cubano, Raúl Castro, no início do ano que vem, rejeitou exigências dos Estados Unidos para que o país de regime comunista mude seu sistema político-econômico.
Em discurso neste domingo (8), no qual criticou a pressão dos EUA sobre o governo venezuelano e o que chamou de esforço para desacreditar a indústria do turismo cubano, o primeiro vice-presidente Miguel Díaz-Canel declarou que esses e outros eventos recentes na região provaram que "o imperialismo não pode, nem um pouco, ser confiável".
"Cuba não fará concessões à sua soberania e independência, nem negociará seus princípios ou aceitará a imposição de condições", disse Díaz-Canel, aparentemente respondendo à recente declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na ONU (Organização das Nações Unidas), de que as sanções contra Cuba não serão retiradas até que a ilha do Caribe restaure a democracia e o capitalismo.
"As mudanças necessárias em Cuba serão realizadas apenas pelo povo cubano", acrescentou Díaz-Canel.
Raúl Castro, de 86 anos, anunciou sua aposentadoria da Presidência para fevereiro. Especialistas acreditam que Díaz-Canel, 57 anos, se tornará o primeiro chefe de Estado sem o sobrenome Castro desde o início dos anos 1960.
Cuba não possui eleições diretas para a Presidência.
Neste domingo, os cubanos homenagearam Ernesto "Che" Guevara, figura mítica da ação revolucionária armada durante a Guerra Fria, 50 anos após sua morte na Bolívia.
(Por Marc Frank)
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