Austrália pede engajamento dos EUA na Ásia e alerta para crescimento da China
Por Swati Pandey
SYDNEY (Reuters) - A Austrália pediu nesta quinta-feira que os Estados Unidos estabeleçam uma presença forte na Ásia e fortaleçam os laços com parceiros "de mentalidade semelhante", ao mesmo tempo em que alertou para a influência crescente da China.
Um isolamento norte-americano seria prejudicial para a natureza liberal da "ordem baseada em regras" do mundo, disse o governo em um 'dossiê branco' de política externa de 115 páginas.
"A Austrália acredita que os desafios internacionais só podem ser enfrentados eficazmente quando o país mais rico, mas inovador e mais poderoso do mundo está engajado em resolvê-los", disse Camberra.
O dossiê branco é um guia para a diplomacia australiana que fornece um roteiro para que a nação progrida em seus interesses.
A eleição do presidente Donald Trump representou um passo rumo a um mundo mais isolacionista, o que pode ser negativo para a economia da Austrália, que é dependente das exportações, disseram comentaristas.
Trump retirou os EUA da Parceria Transpacífico, um acordo comercial regional, em janeiro, pouco depois de tomar posse.
"Um engajamento forte e prolongado dos EUA no sistema internacional continua fundamental para a estabilidade e a prosperidade internacionais", disse o governo no documento.
"Sem tal engajamento, a eficácia e o caráter liberal da ordem internacional seriam erodidos".
A Austrália é um dos maiores aliados de Washington, e tropas dos dois países lutaram lado a lado em todos os grandes conflitos ao longo de gerações.
Mas o crescimento econômico e o poder de que os EUA vêm desfrutando desde o final da Segunda Guerra Mundial agora estão sendo desafiados pela China, segundo a Austrália.
Austrália e China têm laços econômicos fortes, mas Pequim suspeita do relacionamento militar próximo dos australianos com os EUA.
(Reportagem adicional de Philip Wen em Pequim)
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