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França diz que manterá tropas na Síria porque Estado Islâmico não foi derrotado

21.nov.2015 - Marinheiro a bordo do porta-aviões Charles de Gaulle, utilizado como base para os ataques aéreos franceses a alvos do Estado Islâmico - AFP
21.nov.2015 - Marinheiro a bordo do porta-aviões Charles de Gaulle, utilizado como base para os ataques aéreos franceses a alvos do Estado Islâmico Imagem: AFP

John Irish e Jean-Baptiste Vey

20/12/2018 15h12

A França manterá tropas no norte da Síria por ora porque os militantes do Estado Islâmico não foram eliminados, uma visão contrária à dos Estados Unidos, e iniciou conversas com Washington sobre as condições e o calendário de sua retirada, disseram autoridades.

A França é um membro destacado da coalizão liderada pelos EUA que combate militantes na Síria e no Iraque e tem forças especiais no norte do país, mobilizadas ao lado de forças curdas e árabes, já tendo realizado ataques aéreos contra o grupo.

Uma fonte da Presidência francesa disse a repórteres que integrantes das Forças Democráticas da Síria (SDF), que são dominadas pelos curdos e são parceiras dos EUA na área, estarão em Paris na sexta-feira para conversar com autoridades sobre a medida.

"Ele (Trump) está pegando atalhos, arriscando um acidente grave... a espinha da coalizão são os Estados Unidos", disse a fonte.

A França é especialmente sensível à ameaça do Estado Islâmico por causa dos vários ataques mortais em seu solo, e autoridades acreditam que o grupo militante continua sendo um risco. Centenas de cidadãos franceses se uniram ao grupo na Síria.

O presidente francês, Emmanuel Macron, conversou com seu colega norte-americano, Donald Trump, na terça-feira depois de saber por antecipação das intenções de Trump para tentar convencê-lo a não recuar, como ocorreu em abril.  Na ocasião o líder francês o persuadiu a continuar engajado na Síria citando a ameaça do Irã na região, segundo a fonte.