Brasil estuda como levar ajuda humanitária à Venezuela pedida por Guaidó
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro estuda uma maneira de fazer chegar à Venezuela a ajuda humanitária pedida pelo autodeclarado presidente interino do país, Juan Guaidó, e montou um grupo interministerial para coordenar a ajuda a ser enviada ao país, informou à Reuters uma fonte do Itamaraty.
O governo brasileiro tem mantido contato direto com Guaidó e trabalha para levantar as necessidades mais imediatas dos venezuelanos e no que é possível ajudar, segundo a fonte, que pediu anonimato. Em ocasiões anteriores, o Brasil já havia oferecido medicamentos e alimentos, mas a ajuda foi recusada pelo governo de Nicolás Maduro.
O governo brasileiro, assim como outros da região, tentam responder ao apelo de Guaidó. No entanto, o autodeclarado presidente interino, apesar do apoio internacional, não tem o controle das entradas no país, sejam terrestres ou aéreas, o que dificulta a chegada de qualquer ajuda.
Da mesma forma, o Brasil, que desde dezembro de 2017 retirou seu embaixador em Caracas -opera apenas com o encarregado de negócios- não tem espaço para negociar a entrada de ajuda com o atual governo.
"Estamos vendo isso e também com países aliados. Vamos trabalhar juntos para ver o que é possível fazer", disse a fonte.
Na próxima segunda-feira, o chamado Grupo de Lima - Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lúcia - se reúne novamente em Ottawa (Canadá), dessa vez para tratar de formas de apoio à tentativa de Guaidó de formar um novo governo.
A pressão internacional contra o governo venezuelano vem se avolumando nos últimos, com o aumento do número de países que apóiam Guaidó como presidente interino. Nesta quinta, a União Europeia declarou que reconhece a liderança do oposicionista.
O novo governo brasileiro também subiu o tom das críticas ao governo de Maduro.
"O extraordinário movimento pela redemocratização da Venezuela está se avolumando sob a presidência de Juan Guaidó. Inconformados, países que apoiam ou toleram Maduro querem criar 'grupos de contato' ou 'diálogo' com seu regime ilegítimo. Isso só serve para dar sobrevida à ditadura", escreveu em sua conta no Twitter o chanceler Ernesto Araújo.
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