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Líder da Nicarágua diz querer diálogo pela paz após protestos violentos

22/02/2019 11h44

Por Ismael Lopez

MANÁGUA (Reuters) - O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, disse na quinta-feira que retomará o diálogo com líderes da oposição que pedem eleições antecipadas após quase um ano às voltas com uma das piores crises do país desde uma guerra civil ocorrida quatro décadas atrás.

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Uma tentativa de diálogo sobre benefícios sociais em maio passado degenerou em protestos que duraram meses, e que só minguaram após uma repressão brutal do governo que deixou ao menos 320 mortos e mais de 600 pessoas na prisão, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Ortega disse em um discurso que voltará a conversar com seus oponentes na próxima quarta-feira.

"Negociaremos para fortalecer a paz", disse, acrescentando que os protestos são uma conspiração para depô-lo. Recentemente o líder de esquerda também iniciou conversas com o setor privado.

Ortega assumiu o poder pela primeira vez em 1979, depois que rebeldes sandinistas depuseram a ditadura de Anastasio Somoza. Ele perdeu o cargo em 1990, mas voltou à Presidência em 2007. A próxima eleição presidencial está agendada para 2021.

O líder opositor Angel Rocha, que falará em nome de universitários no diálogo, ao lado de representantes do empresariado e de políticos, disse que a exigência mais premente é que Ortega liberte as pessoas que estes consideram prisioneiros políticos.

Na segunda-feira um líder rural que protestou contra Ortega no ano passado foi condenado a 216 anos de prisão, apesar de uma cláusula da lei nicaraguense que limita as penas a 30 anos.

Rocha disse que a oposição também pleiteará uma reforma eleitoral, eleições transparentes e justiça para as pessoas que perderam a vida na retaliação governamental à dissidência.

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