Irã reforçará recursos de defesa apesar de pressão dos EUA, diz líder supremo
Por Parisa Hafezi
DUBAI (Reuters) - O Irã está determinado a reforçar seus recursos de defesa, apesar da pressão crescente dos Estados Unidos e de seus aliados para conter seu programa de mísseis balísticos, disse o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, nesta quinta-feira.
"Precisamos levar o Irã ao ponto em que o inimigo entenda que não pode ameaçar o Irã... as sanções da América tornarão o Irã autossuficiente", afirmou Khamenei em um discurso transmitido ao vivo na televisão estatal.
Em maio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou os EUA de um acordo nuclear de 2015 entre Teerã e seis grandes potências, dizendo que ele fazia muitas concessões ao Irã, e readotou sanções abrangentes.
As punições norte-americanas almejam forçar o regime a aceitar restrições mais severas às suas atividades nucleares, renunciar ao seu programa de mísseis balísticos e reduzir o apoio a militantes que atuam em conflitos no Oriente Médio do Iêmen à Síria.
O Irã diz que seu programa de mísseis é puramente defensivo e rejeita as limitações exigidas pelos EUA. Teerã diz ter mísseis que viajam até 2 mil quilômetros, o que coloca Israel e bases militares dos EUA na região ao seu alcance.
Os outros signatários do acordo nuclear – Alemanha, França, União Europeia, Reino Unido, Rússia e China – continuam comprometidos com o pacto e vêm tentando mantê-lo através de um mecanismo que dribla as sanções de Trump.
Khamenei, líder linha-dura que tem a palavra final nas políticas doméstica e externa da República Islâmica, disse que os signatários europeus do acordo foram incapazes de preservar os interesses econômicos iranianos.
"Eles sempre apunhalaram o Irã pelas costas... os países ocidentais provaram que não são confiáveis", disse ele no discurso feita na cidade xiita sagrada de Mashhad.
Líderes iranianos ameaçaram romper com o acordo nuclear a menos que as potências europeias permitam que Teerã colha benefícios econômicos.
"Este mecanismo estabelecido pelos europeus é como uma piada cruel", disse Khamenei, referindo-se a um canal aberto pelos signatários europeus do pacto para que negócios do Irã que não envolvam dólares se esquivem das sanções dos EUA.
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