Sobe para ao menos 110 o número de mortos em ataque no Mali
Homens armados mataram pelo menos 110 pastores da etnia fulani na região central de Mali, neste sábado, disse um prefeito local, em um dos ataques mais letais em uma região que sofre com violência étnica e jihadista cada vez maior.
O ataque na vila de Ogossagou aconteceu depois que uma missão do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) visitou Mali para tentar encontrar soluções para a violência que matou centenas de civis ano passado e se espalha pela região de Sahel, no oeste da África.
Moulaye Guindo, prefeito de Bankass, cidade próxima, disse que homens armados, vestidos como tradicionais caçadores Donzo, cercaram e atacaram Ogossagou.
"É uma contagem de mortos muito alta", disse à Reuters. Inicialmente, ele havia informado que 60 pessoas tinham morrido no ataque.
"A vila de Ogossagou está completamente devastada".
Um morador da vila, que pediu para não ser identificado, disse que o ataque pareceu ser uma retaliação à reivindicação de responsabilidade de afiliados da Al Qaeda, na sexta-feira, por uma batida, semana passada, que matou 23 soldados.
O grupo disse que a batida foi retaliação pela violência do exército de Mali e milicianos contra os fulani.
Grupos jihadistas associados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico exploraram rivalidades étnicas em Mali e nas vizinhas Burkina Faso e Níger para reforçar o recrutamento e tornar vastas áreas de território virtualmente ingovernáveis.
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