Argentina prende ex-militares por crimes durante a ditadura
Por Nicolás Misculin
BUENOS AIRES (Reuters) - Um juiz argentino sentenciou 19 ex-militares à prisão nesta quarta-feira por crimes contra a humanidade cometidos durante a brutal ditadura militar do país nos anos 1970 e 1980, incluindo pelo sequestro de trabalhadores de uma fábrica de automóveis.
As sentenças determinadas por um tribunal federal de Buenos Aires incluem condenações por desaparecimentos, homicídios, tortura e o sequestro de crianças. Os crimes foram cometidos contra cerca de 350 vítimas durante o regime militar que governou o país entre 1976 e 1983.
A ditadura deixou aproximadamente 30.000 pessoas desaparecidas, segundo grupos de direitos humanos, embora a determinação de números exatos permaneça um tema de discussão.
O ex-general Santiago Riveros, anteriormente condenado em outros julgamentos por violações de direitos humanos, estava entre os sentenciados. Ele foi sentenciado a cumprir prisão perpétua após ser declarado culpado de mais de uma centena de crimes, incluindo sequestro, estupro e assassinato, segundo o veredicto desta quarta.
As condenações também abrangeram acusações de que sete trabalhadores foram sequestrados em uma fábrica da Mercedes Benz nos subúrbios de Buenos Aires a partir de 1976 pelas forças militares com o apoio de executivos da empresa.
Um representante local da Mercedes Benz não respondeu de imediato ao pedido por comentário.
(Reportagem de Nicholas Misculin)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.