Autoridades não acionaram sirenes durante incêndio que deixou 110 mortos no Havaí
O chefe de gerenciamento de emergências de Maui, no Havaí, defendeu na quarta-feira a decisão de sua agência de não soar sirenes durante o incêndio da semana passada em meio a dúvidas sobre se isso poderia ter salvado vidas.
Herman Andaya, administrador da Agência de Gerenciamento de Emergências do Condado de Maui, disse que as sirenes no Havaí são usadas para alertar as pessoas sobre tsunamis. Usá-las durante o incêndio poderia ter levado as pessoas a se retirarem em direção ao perigo, afirmou ele a repórteres.
O incêndio desceu a base de um vulcão na cidade turística de Lahaina, matando pelo menos 110 pessoas e destruindo ou danificando cerca de 2.200 edifícios.
"O público é treinado para buscar um terreno mais alto no caso de a sirene soar", disse Andaya durante uma coletiva de imprensa, que às vezes ficou tensa quando os repórteres questionavam a resposta do governo durante o incêndio.
"Se tivéssemos tocado a sirene naquela noite, temíamos que as pessoas fossem a mauka (para encosta da montanha) e, se fosse esse o caso, teriam ido para o fogo", declarou Andaya.
Em vez disso, Maui contou com dois sistemas de alerta diferentes, um que enviava mensagens de texto para telefones e outro que transmitia mensagens de emergência na televisão e no rádio, disse Andaya.
Como as sirenes estão localizadas principalmente na orla, elas seriam inúteis para as pessoas em terrenos mais altos, segundo ele.
O governador do Havaí, Josh Green, também defendeu a decisão de não soar as sirenes. Green ordenou que o procurador-geral do Estado conduza uma revisão abrangente da resposta de emergência com investigadores e especialistas externos, esclarecendo na quarta-feira que a revisão "não é uma investigação criminal de forma alguma".
?A coisa mais importante que podemos fazer neste momento é aprender como nos manter mais seguros daqui para frente?, disse Green.