Protestos atingem campo de petróleo Sharara, na Líbia, dizem engenheiros
(Reuters) - Protestos locais forçaram uma redução na produção do campo de petróleo de Sharara, na Líbia, que pode produzir até 300 mil barris por dia, disseram dois engenheiros à Reuters nesta quarta-feira.
Um vídeo que circulou na internet mostrou vários manifestantes locais da região de Fezzan, no sul da Líbia, anunciando o fechamento do campo de Sharara até que suas exigências fossem atendidas.
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"Iniciamos uma redução parcial da produção", disse um dos engenheiros, confirmando que os manifestantes estavam "em frente ao portão do campo". O engenheiro não especificou o tamanho da redução na produção.
Um manifestante disse à Reuters por telefone que a região "precisa desenvolver projetos e serviços, como uma refinaria para abastecimento de combustível, estradas pavimentadas, uma clínica e criação de empregos para jovens".
O campo de Sharara, um dos maiores da Líbia, tem sido alvo frequente de protestos políticos locais e mais amplos.
O campo está localizado na bacia de Murzuq, no sudeste da Líbia. É gerido pela petroleira estatal NOC por meio da empresa Acacus, com a espanhola Repsol, a francesa TotalEnergies, a austríaca OMV e a norueguesa Equinor.
(Reportagem de Ayman Werfalli em Benghazi)