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Presidente da Hungria renuncia ao cargo devido ao perdão de caso de abuso sexual

Ao deixar o cargo, Katalin Novak disse ter cometido um erro Imagem: REUTERS/Bernadett Szabo

10/02/2024 14h31

A presidente húngara, Katalin Novak, renunciou ao cargo hoje, depois de sofrer pressão crescente por perdoar um homem condenado por ajudar a encobrir abuso sexual em um lar de crianças.

Novak, uma aliada próxima do primeiro-ministro conservador Viktor Orban, perdoou cerca de duas dúzias de pessoas em abril de 2023. Entre elas o vice-diretor do lar de crianças, que ajudou o ex-diretor da instituição a esconder seus crimes.

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"Eu cometi um erro... Hoje é o último dia em que me dirijo a vocês como presidente", disse Novak ao anunciar sua renúncia em um discurso transmitido pela televisão estatal.

"Tomei a decisão de conceder um indulto em abril passado, acreditando que o condenado não havia abusado da vulnerabilidade das crianças que ele havia supervisionado. Cometi um erro, pois o perdão e a falta de fundamentação foram adequados para provocar dúvidas sobre a tolerância zero que se aplica à pedofilia", disse ela.

Nesta semana, os partidos de oposição húngaros exigiram a renúncia de Novak por causa do caso e, ontem, mil manifestantes se reuniram no escritório de Novak pedindo que ela se demitisse.

Em uma tentativa de conter os danos políticos, Orban, cujo partido Fidesz está iniciando a campanha para as eleições do Parlamento Europeu em junho, apresentou uma emenda constitucional ao parlamento na noite de quinta-feira, privando o presidente do direito de perdoar crimes cometidos contra crianças.

Hoje, a ex-ministra da Justiça de Orban, Judit Varga - que deveria liderar a lista do Fidesz para as eleições e que também assinou o perdão - disse no Facebook que deixaria o cargo de deputada do Fidesz, assumindo a responsabilidade pela decisão.

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