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Países bálticos protestam contra lista de políticos procurados pela Rússia

14/02/2024 10h46

Por Andrius Sytas

VILNIUS (Reuters) - Estônia, Letônia e Lituânia emitiram protestos diplomáticos na quarta-feira para Moscou depois que a polícia russa colocou importantes políticos bálticos em uma lista de procurados por causa da destruição de monumentos da era soviética.

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Os três Estados bálticos já foram governados por Moscou, mas agora são membros da União Europeia e da Otan e, desde a invasão russa na Ucrânia, surgiram como apoiadores ferrenhos da Ucrânia e críticos veementes da Rússia.

A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, e o secretário de Estado Taimar Peterkop estão na lista de procurados pela polícia, assim como o ministro da Cultura da Lituânia, Simonas Kairys, e cerca de 60 membros atuais e antigos do Parlamento da Letônia, segundo a Rússia.

A agência estatal russa Tass informou na terça-feira que as autoridades bálticas foram acusadas de "destruir monumentos aos soldados soviéticos", atos que são puníveis com uma pena de cinco anos de prisão de acordo com o código penal russo.

O Ministério das Relações Exteriores da Letônia, em um comunicado, disse que estava trabalhando com a UE para tratar do assunto e que estava tentando mitigar qualquer risco para os cidadãos do país.

"O ministério...continuará a apoiar, com os parceiros da UE e da Otan e com outros países no âmbito de organizações internacionais, a questão dos casos politicamente motivados e dos ataques extraterritoriais da Rússia", acrescentou.

A Lituânia, por sua vez, exigiu que seus políticos fossem retirados da lista.

"Essas decisões russas contradizem as normas comumente reconhecidas do direito internacional, demonstram esforços para falsificar o passado e desrespeitam a memória histórica da Lituânia", escreveu o Ministério das Relações Exteriores.

Em uma declaração, a Estônia disse que seus diplomatas "expressaram indignação" e exigiram uma explicação do Kremlin.

"O Ministério das Relações Exteriores também notificou o representante da Rússia que essas medidas do Estado russo não nos impedirão de fazer a coisa certa e que a Estônia não mudará seu apoio resoluto à Ucrânia", acrescentou.

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