Suíça sediará cúpula de paz para guerra na Ucrânia em 15 e 16 de junho
Por Gabrielle Tétrault-Farber
GENEBRA (Reuters) - A Suíça sediará uma conferência de alto nível de dois dias em junho com o objetivo de alcançar a paz na Ucrânia, disse o governo suíço nesta quarta-feira, embora a Rússia tenha deixado claro que não participará da iniciativa.
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Em janeiro, a Suíça disse que organizaria uma cúpula de paz a pedido do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e, desde então, tem mantido discussões com a União Europeia, os membros do G7 e países como China e Índia para obter apoio.
"Atualmente, há apoio internacional suficiente para uma conferência de alto nível para lançar o processo de paz", disse o Conselho Federal em um comunicado.
A conferência será realizada em 15 e 16 de junho no resort Bürgenstock, no cantão de Nidwalden, nos arredores da cidade de Lucerna. O objetivo será criar uma estrutura favorável a uma paz abrangente e duradoura na Ucrânia, bem como "um roteiro concreto para a participação da Rússia no processo de paz".
Embora Moscou tenha afirmado que não é contra as negociações para pôr fim à guerra, as autoridades russas disseram que não participarão das discussões na Suíça, um país que consideram ter renunciado à sua neutralidade em relação ao conflito.
A Rússia, que lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, tem dito que a iniciativa suíça é inútil sem a participação de Moscou.
As autoridades suíças ainda não divulgaram uma lista completa de participantes.
Após dois anos de guerra, a Rússia detém pouco menos de 20% do território da Ucrânia e acusa os apoiadores ocidentais de Kiev de usar a Ucrânia como um teatro para combater a Rússia.
Moscou tem dito repetidamente que está aberta a conversas, mas que elas devem reconhecer as "novas realidades no território".
A Ucrânia exige a restauração de sua integridade territorial e a retirada total das forças russas como condições para a paz.