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Biden promete continuar na corrida presidencial e busca tranquilizar democratas

O presidente dos EUA, Joe Biden, durante evento de campanha em Raleigh, na Carolina do Sul Imagem: Por Andrea Shalal e Jeff Mason

Reuters, em Washington

03/07/2024 13h25

Por Andrea Shalal e Jeff Mason

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu permanecer na corrida presidencial deste ano durante uma ligação com a equipe de campanha nesta quarta-feira e procurou tranquilizar os principais democratas do Capitólio de que ele está apto para a reeleição, apesar de seu desempenho desastroso no debate da semana passada.

Biden teve uma ligação com membros preocupados de sua equipe de campanha e disse-lhes que não iria desistir, de acordo com duas fontes familiarizadas com a ligação.

"Estou concorrendo", disse Biden, acrescentando que continuava sendo o líder do Partido Democrata e que não estava sendo colocado de lado, disse uma fonte.

O presidente terá uma reunião com governadores democratas nesta quarta-feira às 19h30 (horário de Brasília) para tranquilizá-los sobre sua aptidão como candidato à reeleição pelo partido, após seu desempenho ruim em um debate na semana passada contra o republicano Donald Trump.

Perguntada nesta quarta-feira se Biden estava pensando em desistir, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse: "Absolutamente não".

Biden conversou com o deputado Hakeem Jeffries, líder da minoria democrata na Câmara dos Deputados, na terça-feira, e com o senador Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, nesta quarta-feira, informou uma autoridade da Casa Branca. Ele também conversou nesta quarta com o deputado democrata Jim Clyburn, cujo gabinete disse que depois eles tiveram uma longa conversa particular.

Clyburn -- uma figura influente dentro do partido e que foi fundamental para a vitória de Biden nas primárias de 2020 -- disse à CNN nesta quarta-feira que o partido deve realizar uma "mini-primária" caso Biden se afaste, o primeiro membro a falar publicamente sobre como, exatamente, funcionaria o processo de substituir Biden.

Clyburn, que disse na terça-feira que apoiará a vice-presidente Kamala Harris como candidata à Presidência se Biden se afastar, acrescentou: "Se ela fosse a indicada, precisaríamos ter um companheiro de chapa forte. Portanto, tudo isso nos daria uma oportunidade, não apenas de avaliar quem seria bom para estar no topo da chapa, mas também quem seria melhor em segundo lugar".

O desempenho ruim de Biden no debate contra Trump em Atlanta, na semana passada, provocou pedidos para que ele desista de sua candidatura à reeleição em 5 de novembro. Trump repetiu uma série de falsidades, incluindo o fato de ter vencido a eleição de 2020.

Democratas levantaram novas preocupações sobre Biden na terça-feira, com um membro da Câmara pedindo que ele desista e a ex-presidente da Casa Nancy Pelosi, uma aliada de longa data de Biden, dizendo que é legítimo perguntar se o desempenho do presidente em Atlanta foi um "episódio" ou se trata de uma condição.

Biden disse que estava cansado depois de duas viagens ao exterior e a Casa Branca afirmou que ele estava resfriado. Sua campanha realizou chamadas para controlar os danos com doadores e Biden não deu sinais até agora de abandonar sua busca por um segundo mandato.

Alguns governadores são rivais em potencial de Biden se a pressão para que ele se afaste aumentar, mas muitos deles também são representantes oficiais de Biden com funções em sua campanha.

Kamala é a provável sucessora se Biden se afastar, disseram várias fontes à Reuters. No entanto, a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, o governador de Illinois, J.B. Pritzker, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e o governador do Kentucky, Andy Beshear, têm sido todos mencionados como possíveis substitutos de Biden, caso ele decida desistir da campanha.

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