Filipinas enviam meios marítimos e aéreos para monitorar "navio monstro" da China
MANILA (Reuters) - As Filipinas enviaram meios aéreos e marítimos de suas Forças Armadas e da guarda costeira para sua zona econômica exclusiva para monitorar o maior navio da guarda costeira da China, chamando a presença do navio de um ato de "intimidação, coerção e agressão" chinesa.
De acordo com a guarda costeira filipina, o navio 5901 de 165 m de comprimento, chamado pelas Filipinas de "o monstro", estava a 65 a 70 milhas náuticas da costa da província de Zambales no domingo.
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"Temos todos os nossos recursos apontados para esse navio monstro. No momento em que ele (realizar) qualquer ação provocativa, receberá a resposta adequada", disse Jonathan Malaya, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional filipino, à televisão estatal nesta segunda-feira.
A embaixada da China em Manila não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Os laços entre a China e as Filipinas, que é aliada dos Estados Unidos, se deterioraram nos últimos anos, com frequentes atritos, já que Manila, sob o comando do presidente Ferdinand Marcos Jr., reage ao que considera uma agressão de Pequim. A China acusou as Filipinas de repetidas invasões em suas águas.
A China reivindica a maior parte do Mar do Sul da China, um importante canal para 3 trilhões de dólares do comércio marítimo anual, como parte de seu território, com uma presença maciça da guarda costeira dentro e ao redor das zonas econômicas exclusivas dos vizinhos Vietnã, Filipinas e Malásia.
Pequim rejeita uma decisão de 2016 da Corte Permanente de Arbitragem, sediada em Haia, que afirmou que essas reivindicações marítimas expansivas não tinham base legal.
De acordo com o vídeo compartilhado pela guarda costeira das Filipinas, ela ordenou que a embarcação chinesa deixasse a área, alertando que não tem autoridade para operar lá. Em sua resposta por rádio, o navio chinês disse que estava realizando tarefas de aplicação da lei dentro de suas águas jurisdicionais.
"Isso faz parte da intimidação, coerção, agressão e engano da China. Eles estão exibindo seu navio para intimidar nossos pescadores", disse Malaya, acrescentando que a presença marítima das Filipinas seria reforçada para apoiar os pescadores.
(Reportagem de Karen Lema)