Carcereira presa por fazer sexo com detento diz estar 'apaixonada' por ele
Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte, e do UOL, em São Paulo
08/01/2025 14h18
A brasileira e ex-agente penitenciária Linda de Sousa Abreu, que foi condenada a 15 meses de prisão nesta segunda-feira (6) após ser flagrada fazendo sexo com um detento, disse estar apaixonada por ele e que ele a faz se sentir "como uma gangster". As informações são do jornal britânico Daily Mail.
O que aconteceu
Linda de Sousa Abreu, de 31 anos, foi avaliada pelo psiquiatra forense Dr. Ian Kooyman. O médico elaborou um relatório para a sentença do juiz, que foi divulgada na última terça-feira (7).
Segundo o psiquiatra, Abreu disse que "amava" Linton Weirich, detento com quem ela foi flagrada. O relatório afirma que Abreu via Weirich como seu "protetor" e o recompensava com "favores sexuais".
A carcereira planejava continuar o relacionamento após a liberação de Weirich. Ao psiquiatra, Abreu disse que nunca se sentiu tão segura e que "se sentia como uma gangster".
Dr. Kooyman diagnosticou a mulher com transtorno de personalidade borderline severo e TDAH. Segundo a sentença do juiz, isso a torna "altamente impulsiva" e imprudente, agindo "sem considerar as consequências".
Na sentença, o juiz também afirmou que as oficiais femininas do presídio HMP Wandsworth, onde as cenas foram gravadas, têm sido alvo de abusos e assédios por prisioneiros. "É inevitável que os danos pelos quais você é responsável em Wandsworth se espalhem, até certo ponto, pelo sistema prisional", afirmou.
Relembre o caso
A agente penitenciária Linda de Sousa Abreu foi condenada por manter relações sexuais com detentos do presídio londrino HMP Wandsworth. Ela deverá cumprir 15 meses de prisão.
Vídeo com um momento íntimo entre Abreu e o detento Linton Weirich vazou nas redes sociais do Reino Unido em junho de 2024. Ato foi filmado por um outro preso, que utilizou um celular.
A mulher foi condenada por "má conduta em cargo público" no tribunal da coroa de Isleworth. Para a decisão, o Juízo considerou a gravidade do ato e o risco à sociedade.
De acordo com o jornal inglês The Guardian, a Justiça entendeu que o fato da mulher ter exposto as chaves da cela, permitido a filmagem com um celular ilegal e praticado o ato sexual, foi o suficiente para a condenação de 15 meses. Em sua decisão, o juiz Martin Edmunds disse, ainda, que o ato de Linda "afetou a reputação do serviço prisional". De acordo com o The Sun, metade da pena será cumprida em liberdade.
'Bom caráter'
A defesa de Linda de Sousa Abreu havia afirmado logo após a repercussão do vídeo que a cliente é uma "jovem mãe" e "uma pessoa de bom caráter". Descrição da brasileira foi feita pela advogada Gayathri Yogarajah, segundo o jornal The Telegraph.
Linda de Sousa foi presa no aeroporto de Heathrow, quando estava prestes a embarcar para Madri, na Espanha. A carcereira, que tem passaporte português, telefonou para o presídio de Wandsworth, onde trabalhava, para dizer que não voltaria ao serviço e que o marido devolveria o material de trabalho dela.
Investigação diz que ela praticou o crime entre 26 e 28 de junho. A gravação de quatro minutos e meio de duração circulou inicialmente entre os próprios presos que possuem celulares ilegalmente dentro da cadeia, considerada a segunda maior da Grã-Bretanha. Depois, o vídeo ganhou as redes sociais.
Quem é Linda de Sousa Abreu
Linda de Sousa Abreu é uma modelo brasileira, conhecida pelo seu perfil no OnlyFans. Ela é casada com o lutador de MMA Nathan Richardson e já estrelou documentário sobre ménage.
Em seu perfil na plataforma adulta, Linda se intitulava como "La Madre" e "Linda da sala de jogos". Ela e seu marido cobravam uma assinatura de US$ 10 mensais, o equivalente a cerca de R$ 61 na cotação atual, por vídeos e fotos sensuais do casal.
Modelo adota um estilo de vida swing, segundo a irmã, Andreia, contou ao Daily Mail. "Ela é uma swinger. Ela estava em um programa do Channel Four chamado Open House. Eu nunca vi o programa. Não é o tipo de coisa que eu assistiria com minha irmãzinha".