Chade diz que militares frustraram "tentativa de desestabilização"
Por Mahamat Ramadane
DJAMENA (Reuters) - O governo do Chade afirmou que forças de segurança frustraram uma tentativa de desestabilizar o país na noite desta quarta-feira, após disparos de armas de fogo soarem perto do gabinete do presidente na capital, N'Djamena.
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O Exército bloqueou ruas próximas.
Em um vídeo gravado na sede presidencial, o porta-voz do governo, Abderaman Koulamallah, disse que a situação está completamente sob controle, sem dar detalhes sobre o que havia acontecido.
"Foi um pequeno incidente... está tudo calmo", disse, na filmagem publicada no Facebook. "Toda essa tentativa de desestabilização foi frustrada."
Os eventos desta quarta-feira coincidiram com uma visita oficial do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, ao Chade. O país recentemente encerrou um pacto de cooperação de defesa com a França, uma parceira de longa data que o havia tornado um importante aliado ocidental na luta contra militantes islâmicos na conturbada região do Sahel, na África Ocidental e Central.
Com uma pistola presa ao quadril, Koulamallah posou com soldados em trajes de combate segurando rifles de assalto e prometeu compartilhar mais detalhes posteriormente.
Uma fonte de segurança descreveu o incidente como uma tentativa de ataque terrorista.
"Indivíduos em três veículos atacaram os acampamentos militares ao redor do escritório do presidente, mas o exército os neutralizou", disse a fonte, falando sob condição de anonimato.
O Chade é liderado pelo presidente Mahamat Idriss Deby, que assumiu o poder depois que rebeldes mataram seu pai, o longevo presidente Idriss Deby, enquanto ele visitava tropas que lutavam contra milícias no norte do país, em 2021.
O Deby mais velho governava o Chade -- rico em recursos petrolíferos, mas um dos países mais pobres da África -- desde um golpe no início da década de 1990.
(Reportagem de Mahamat Ramadane em N'Djamena no Chade; reportagem adicional de Mrinmay Dey em Bengaluru)