Presidente da China mandará enviado de alto nível para posse de Trump, diz FT
WASHINGTON (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, mandará um enviado de alto nível em seu lugar para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em 20 de janeiro, disse o Financial Times na quinta-feira.
Pequim disse à equipe de transição de Trump que o funcionário compareceria no lugar de Xi, que Trump havia convidado para participar, disse a reportagem, citando várias pessoas familiarizadas com a situação. A reportagem disse que o enviado também conversaria com a equipe de Trump.
Xi poderia enviar Han Zheng, um vice-presidente que às vezes o substitui em funções cerimoniais, enquanto outra opção seria o ministro das Relações Exteriores Wang Yi, informou o FT, citando suas fontes.
O jornal citou uma pessoa familiarizada com a situação, dizendo que alguns assessores de Trump queriam Cai Qi, um membro do Comitê Permanente do Politburo visto como tendo muito mais poder do que Han ou Wang em sua capacidade de braço direito de Xi.
A embaixada da China em Washington e a equipe de transição de Trump não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Trump fez o convite a Xi no mês passado, mas os especialistas disseram que seria sem precedentes para um líder da China, o principal rival geopolítico dos EUA, comparecer a uma posse presidencial norte-americana e chamaram o convite de teatro político.
Trump disse na segunda-feira que ele e Xi têm se falado por meio de representantes e que acredita que os dois líderes se darão bem em seu segundo mandato.
Mesmo assim, Trump nomeou vários críticos da China para cargos importantes em seu novo governo, incluindo o senador Marco Rubio como secretário de Estado, sinalizando que sua política para o país poderá ser mais conflituosa do que durante seu primeiro mandato.
Trump também disse que imporá uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos chineses, a menos que Pequim faça mais para impedir o tráfico do narcótico altamente viciante fentanil. Durante a campanha, ele ameaçou impor tarifas superiores a 60% sobre os produtos chineses.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse na terça-feira que Pequim atribuiu "grande importância" aos comentários de Trump nesta semana e que está disposta a promover "o desenvolvimento estável, saudável e sustentável do comércio e da economia sino-americana".
(Reportagem de Urvi Dugar e David Brunnstrom)
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