Otan e Dinamarca concordam que aliados precisam reforçar defesas no Ártico, diz fonte
BRUXELAS (Reuters) - O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, concordaram em uma reunião nesta terça-feira que precisam se concentrar no fortalecimento das defesas no Ártico, disse uma fonte com conhecimento das conversas à Reuters.
"Eles concordaram que, nesse esforço, todos os aliados têm um papel a desempenhar", disse a fonte após a reunião.
As conversas ocorrem em meio a uma preocupação generalizada com a repetida demonstração de interesse do presidente dos EUA, Donald Trump, desde a reeleição em novembro, em tornar a Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca, parte dos Estados Unidos.
Trump afirmou que a Groenlândia é vital para a segurança dos EUA e que a Dinamarca deve abrir mão do controle da ilha estrategicamente importante do Ártico. O presidente norte-americano também não descartou a possibilidade de usar poder militar ou econômico para atingir seu objetivo.
Ele está em desacordo com a Otan e aliados europeus dos EUA sobre gastos com defesa e disse que, sob sua presidência, os EUA vão repensar "o propósito e a missão da Otan".
A Dinamarca, por sua vez, disse na última segunda-feira que gastaria 14,6 bilhões de coroas dinamarquesas (equivalente a 2 bilhões de dólares) para aumentar sua presença militar no Ártico.
A primeira-ministra dinamarquesa disse nesta terça-feira, após uma reunião com o presidente francês Emmanuel Macron, que líderes políticos da Europa e de outros países haviam dado seu total apoio ao princípio de manutenção do respeito pelas fronteiras internacionais -- referência velada ao interesse de Trump na Groenlândia.
(Reportagem de Sabine Siebold)
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