Maduro alerta militares após mídia americana afirmar que Trump queria invadir Venezuela
"Não podem baixar a guarda nem por um segundo, porque defenderemos o maior direito de nossa pátria em toda a sua história (...), que é viver em paz", disse Maduro em uma cerimônia de promoção de generais e almirantes.
Maduro citou informações da mídia dos Estados Unidos segundo as quais Trump perguntou, em agosto passado, a vários assessores de política externa sobre a viabilidade de invadir a Venezuela.
Segurança nacional
Segundo a rede de televisão americana CNN, a possibilidade foi evocada durante uma reunião sobre as sanções que Washington adotou contra o governo Maduro. O motivo alegado por Trump foi a segurança nacional.
Embora não tenham sido revelados detalhes sobre essas conversas, a mídia americana indicou quem estava presente na reunião, como o secretário de Estado, Rex Tillerson, e o assessor de segurança nacional da Casa Branca, H.R. McMaster, que já não fazem parte do Executivo.
"Os assessores de Trump rejeitaram vigorosamente a ideia, assim como vários líderes latino-americanos, que teriam dito ao presidente que não queriam ver uma invasão americana", revelou a CNN.
Reservas de petróleo
Maduro declarou que as revelações da mídia americana provam a veracidade de suas denúncias de que Washington planeja atacar militarmente a Venezuela para se apoderar de suas vastas reservas de petróleo. "É claro que não é uma coincidência", disse o líder.
Por isso, o presidente venezuelano frisou que seus soldados estão mobilizados. "Nossas Forças Armadas (...) têm a responsabilidade de estarem preparadas para defender o território nacional sob qualquer condição que nos toque defendê-lo", declarou.
Já o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, que regem Venezuela desde agosto de 2017, Diosdado Cabello, anunciou uma investigação por "traição à pátria" contra opositores que, segundo ele, "pediram uma intervenção militar americana".
"Perigosa confusão"
Essa não foi a primeira vez que Trump evocou a possibilidade de uma invasão da Venezuela. Em agosto do ano passado, o presidente americano provocou uma revolta na América Latina ao mencionar uma "opção militar" contra Caracas, ao conversar com jornalistas em Bedminster, Nova Jersey, onde passava suas férias.
Segundo o republicano, seu objetivo era resolver uma "perigosa confusão" na Venezuela. Na época, o país estava imerso em uma onda de protestos contra o governo de Maduro, que deixou mais de 120 mortos.
"Nenhuma ação militar está prevista para um futuro próximo", garantiu a Casa Branca por meio de um comunicado, logo após a polêmica.
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