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Facebook apaga contas do MBL antes das eleições: "violação dos padrões"

25/07/2018 17h05

O Facebook tirou do ar 196 páginas e 87 perfis no Brasil que teriam violado suas políticas de autenticidade, informou a rede social nesta quarta-feira (25) em um comunicado, depois que o Movimento Brasil Livre (MBL) protestou no Twitter contra a eliminação de suas contas.

Segundo o grupo conservador, "Hoje diversos coordenadores do MBL tiveram suas contas arbitrariamente retiradas do ar pelo Facebook", afirmou o movimento de direita em um comunicado publicado em seu Twitter.

Pouco antes, a rede social havia informado que depois de uma investigação rigorosa, 196 páginas e 87 perfis foram retirados da plataforma porque "eram parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e difundir desinformação". O comunicado não menciona o MBL nem os administradores das contas em questão.

As páginas desativadas, que juntas possuíam mais de meio milhão de seguidores, variavam de notícias sensacionalistas a temas políticos, com nomes como Jornalivre e O Diário Nacional.

“Vítima de censura”

Mas o MBL reagiu em seguida e se disse vítima de censura por causa de sua posição “liberal e conservadora”, e afirma que a rede social "chamou a atenção nacional por causa da inclinação política e ideológica da empresa, manifestada ao perseguir grupos, instituições e líderes de direita ao redor do mundo".

O movimento conservador assegura que muitas das contas eliminadas tinham dados biográficos e pessoais, "por isso é absurda a afirmação de que se tratam de contas falsa". O Facebook indicou que as ações anunciadas "fazem parte de nosso trabalho permanente para identificar e atuar contra pessoas mal intencionadas que violam nossos padrões de comunidade", e advertiu que eliminará "qualquer conteúdo adicional que seja identificado para vulnerar as regras".

A rede social de Mark Zuckerberg explicou que conta com 15 mil pessoas trabalhando em nível mundial em segurança e revisão de conteúdo, equipe que aumentará para 20 mil até o fim do ano, além da implementação de tecnologia e inteligência artificial para detectar "mau comportamento".

O MBL, fundado em 2014, tem sido foco de várias polêmicas devido a temas como financiamento e conexões partidárias, assim como posições conservadoras por parte de seus integrantes.

(Com informações da AFP)