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Presidente turco revela que morte de jornalista saudita foi planejada e crime político

23/10/2018 07h01

O presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan em discurso ao parlamento, na manhã desta terça-feira (23), revelou que uma equipe de três agentes sauditas chegou à Turquia na ...

Erdogan revelou ainda que quinze outros sauditas chegaram a Istambul no dia do desaparecimento de Khashoggi e que as câmeras de segurança instaladas dentro
do consulado foram desligadas. "Existem provas sólidas de que o assassinato de Khashoggi foi planejado", declarou. Ele classificou a morte como um "assassinato bárbaro" e um "crime político".

O presidente turco disse ainda que falou por telefone com o presidente americano Donald Trump e que eles estão de acordo sobre a necessidade de continuar as investigações para que toda a verdade seja revelada. Ele destacou que ainda há muitas perguntas sem resposta. "Por que houve tantas versões contraditórias sobre o ocorrido? Por que 15 pessoas da Arábia Saudita vieram à Turquia justo antes da morte? Por que o consulado só foi aberto às investigação vários dias depois do ocorrido? O corpo teria sido entregue a um colaborador local, quem é ele?", são algumas das questões levantadas pelo líder turco. Ele disse ainda estar em contato com o rei Salman, da Arábia Saudita, e está "confiante de que ele vai colaborar com as investigações".

As declarações de Erdogan são feitas depois que a Arábia Saudita admitiu, no último sábado (20), que o jornalista havia sido morto em seu consulado em Istambul. Segundo um comunicado divulgado pelo governo saudita, a morte teria sido consequência de uma briga entre Kashoggi e as pessoas com quem ele se encontrou no consulado.