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Sob pressão, Trump cede e decide encerrar "shutdown"

25/01/2019 18h56

O presidente americano Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (25), na Casa Branca, que fará um acordo para colocar fim no "shutdown", que paralisa a administração dos Estados Unidos há cinco semanas. O chefe de Estado prevê um financiamento dos serviços federais até o dia 15 de fevereiro, mas ameaçou começar tudo de novo caso, até essa data, nenhum consenso tenha sido encontrado sobre o muro com o México.

O presidente americano Donald Trump anunciou nesta sexta-feira (25), na Casa Branca, que fará um acordo para colocar fim no “shutdown”, que paralisa a administração ...

Após mais de um mês da paralisia que afeta 800.000 funcionários, privados de salário, o presidente pediu que o novo texto seja submetido imediatamente ao voto do Congresso. Sob forte pressão, Trump cedeu na queda de braço com os democratas, aceitando a proposta de acabar com o “shutdown” antes de retomar as discussões sobre a barreira na fronteira.

Mas Trump não parece ter desistido de sua ideia. “Não temos outra opção a não ser construir um muro resistente ou uma barreira de aço”, insistiu mais uma vez. O chefe do Senado, de maioria republicana, Mitch LcConnel, vai submeter o texto ao voto nesta sexta-feira. Para ser aprovada, a legislação precisa de 60 aprovações num total de 100. Ela será, em seguida, enviada à Câmara de Representantes, de maioria democrata, também até o final do dia.

Voos perturbados

A pressão subiu nesta sexta-feira, obrigando Donald Trump a tomar uma decisão para acalmar os 800.000 funcionários que estão sem ir ao emprego ou trabalhando sem salário desde o dia 22 de dezembro. Alguns serão pagos posteriormente, enquanto outros ficarão sem o dinheiro.

Diversas perturbações foram registradas nos aeroportos de Nova York e de Filadélfia por falta de funcionários. Associações do controle aéreo já haviam alertado, desde a quinta-feira (25), sobre as consequências do “shutdown” na segurança desse tipo de transporte.

De acordo com pesquisas publicadas desde o começo da semana, Donald Trump e os republicanos são vistos como responsáveis pela situação. No partido do presidente americano, o mal-estar havia se instalado diante da avalanche de testemunhos de trabalhadores infelizes com a situação.