Covid-19 mata quase 200.000 em todo o mundo
O mundo se aproxima das 200.000 mortes decorrentes da Covid-19, segundo levantamento divulgado neste sábado (25), a partir de dados de fontes oficiais. Enquanto isso, a ONU reúne esforços internacionais para encontrar uma vacina acessível a todos. Essa seria a única maneira de conter a pandemia, que expõe as economias do planeta a uma recessão sem precedentes.
Segundo o último balanço com dados coletados pela agência AFP junto a autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia do novo coronavírus fez 197.303 mortes em todo o mundo, desde a sua aparição, em dezembro, na China. Mais de 2.821.030 casos de infecção foram oficialmente diagnosticados, em 193 países e territórios.
Esse número de diagnósticos, contudo, reflete apenas uma fração do número real de contaminações, já que muitos países realizam testes apenas em pessoas hospitalizadas. Do total de casos, 766.300 pessoas são consideradas curadas da doença.
A Europa totaliza 120.140 mortes por coronavírus e 1.344.172 casos, os Estados Unidos e o Canadá têm 54.278 mortes (948.872 casos), Ásia 7.830 mortes (193.796 casos), América Latina e Caribe 7.416 mortes (149.539 casos), Oriente Médio 6.204 mortes (147.530 casos), África 1.330 mortes (29.138 casos) e a Oceania apresenta 105 mortes (7.991 casos).
Mas se na Europa a curva de contágio parece entrar em uma fase descendente, na América Latina ela está em ascensão.
Aumento na América Latina
A América Latina está perto das 150.000 infecções e já excede 7.300 mortes. E o pior ainda está por vir, de acordo com a OMS, principalmente em países como o Brasil, onde 3.670 pessoas morreram oficialmente da COVID-19, ou o México, que excede 1.000 mortes.
No Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro é acusado de inação diante da pandemia, os habitantes das favelas decidiram agir. "A favela precisa lutar porque se esperar pelo governo, nunca conseguirá", explica Thiago Firmino, um guia turístico de 39 anos que se ofereceu para desinfetar as ruas da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro.
A Venezuela já anunciou uma flexibilização da quarentena para crianças e idosos.
Na Argentina, com mais de 3.500 casos e 176 mortes, dezenas de prisioneiros se rebelaram em uma cadeia de Buenos Aires em protesto por um caso de coronavírus, antes de concordar com uma trégua, neste sábado.
EUA: os mais atingidos
Os Estados Unidos, que registraram a primeira morte relacionada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado, com 905.333 casos confirmados e 51.949 mortes. Até o momento, 99.079 americanos foram considerados curados.
Depois dos Estados Unidos, o país mais atingido pela Covid-19 é a Itália, com 25.969 mortos e 192.994 casos. A Espanha registra 22.902 mortos, em um total de 223.759 casos. A França teve 22.245 mortos, em 159.828 casos e o Reino Unido, 19.506 mortes e 143.464 casos.
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau), berço da epidemia, divulga um balanço total de 82.816 casos (12 novos nas últimas 24 horas), 4.632 mortes e 77.346 casos de cura.
Espanha tem leve alta no número de mortes em 24h
Na Europa, o continente mais atingido, vários países começam a diminuir suas restrições, incentivados por indicadores positivos no número de doentes e de óbitos.
A Espanha, entretanto, que começa a flexibilizar as normas do confinamento, contabilizou 378 novas mortes em 24 horas pela Covid-19, o que representa um leve aumento em relação aos dados da véspera (367).
O país está em confinamento restrito desde o dia 14 de março, que foi prorrogado até o dia 9 de maio. A partir deste domingo (26), os espanhóis poderão sair de casa com os filhos menores de 14 anos, trancados já há 6 semanas.
Segunda onda de contaminações e crise
A OMS insiste que não é hora de baixar a guarda em relação à Covid-19, alertando que uma segunda onda pandêmica pode ocorrer a qualquer momento. A Alemanha, um dos primeiros países da Europa a anunciar o fim do confinamento, já se prepara com a construção pelo Exército de um hospital com mil leitos adicionais, em Berlim.
A pandemia também continua devastando as economias, forçando as autoridades a tentar desenvolver planos para incentivar a recuperação rapidamente. O colapso do petróleo, devido à falta de demanda causada pela desaceleração econômica ligada ao confinamento, levou o preço do barril ao nível mais baixo em duas décadas.
Mais de 26 milhões de americanos ficaram desempregados desde meados de março e, segundo previsões do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), o PIB da primeira economia do mundo contrairá 12% no segundo trimestre do ano.
O presidente Donald Trump assinou, na sexta-feira (24), um novo plano de ajuda de US$ 483 bilhões para pequenas e médias empresas e hospitais. Já na Europa, os 27 Estados-membros ainda tentam chegar a um acordo sobre um vasto plano para impulsionar a economia.
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