Investimentos privados são "cruciais" para proteção da Amazônia, disse Mourão no Fórum de Davos
O vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, afirmou que os investimentos privados são "cruciais" para o desenvolvimento sustentável e a proteção da Amazônia. Em sua participação na edição do Fórum Econômico Mundial de Davos, ele convocou empresas e investidores interessados na região a participar de novos projetos.
Vivian Oswald, correspondente da RFI em Londres
Para Mourão, pesquisas e projetos científicos terão de ser liderados pela iniciativa privada, uma vez que os governos, sobretudo no cenário pós-pandemia, não terão margem disponível para direcionar grandes somas para este tipo de atividades.
"Embora o interesse no status da Amazônia tenha crescido de maneira acentuada, o mesmo não pode ser dito da cooperação financeira e técnica na região, o que nos fez falta diante das atuais necessidades", disse o vice-presidente à plateia do painel "Financiando a transição da Amazônia para uma bioeconomia sustentável", do Fórum Econômico Mundial de Davos, que este ano é virtual.
Mourão destacou que "2021 foi, sem dúvida o ano mais despido da história recente, não apenas para a população e para a economia, mas também para o ambiente". Mas garantiu que o governo não tem medido esforços para conter incêndios criminosos e o desmatamento. Ele disse que o país está negociando com os governos da Noruega e da Alemanha a retomada dos aportes de recursos ao Fundo da Amazônia, congelados ainda no início do governo de Jair Bolsonaro.
O vice-presidente destacou que o governo quer trabalhar com todos os parceiros interessados na preservação e no desenvolvimento da floresta em projetos que tragam segurança e oportunidades iguais para os mais 29 milhões de brasileiros que vivem na região. Segundo ele, o futuro da Amazônia depende da expansão da bioeconomia. "E isso só vai se tornar realidade com a participação do setor privado", destacou, ao reconhecer que "as condições para investimentos na região não são ideias por conta da falta de infraestrutura".
"Está claro para nós que, sem o esforço conjunto de parceiros públicos e privados, não seremos capazes de atingir nossa meta principal: garantir uma região próspera e preservada", afirmou.
Tereza Cristina defendeu agronegócio brasileiro
Em outro painel, sobre segurança alimentar, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, admitiu que o setor de agronegócios brasileiro precisa se inserir depressa no contexto da transformação digital da economia. "Inovação é imprescindível para adequar a agropecuária à realidade global. É a única maneira de conciliar segurança alimentar com a preservação ambiental", afirmou.
Ela destacou que os investimentos neste segmento dispararam nos últimos anos, saltando de US$ 4 milhões em 2013 para R$ 200 milhões em 2019. A ministra afirmou ainda que o agronegócio brasileiro tem um dos ambientes "mais vibrantes" do mundo e salientou a atuação das mais de duas mil agritechs, como são chamadas as startups do setor.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.