Merkel cancela Páscoa na Alemanha e reforça restrições para deter a pandemia
A maior parte do comércio vai fechar e os serviços religiosos serão cancelados na Alemanha durante a Páscoa, de 1 a 5 de abril, para reforçar as restrições e impedir o aumento no número de infecções pela Covid-19, anunciou Angela Merkel nesta segunda-feira (22).
Reuniões, o que incluiu comer ao ar livre, serão proibidas de 1º a 5 de abril. Restaurantes só poderão abrir no dia 3.
Além disso, muitas das restrições em vigor desde o final de 2020, como a limitação de reuniões privadas e o fechamento de espaços culturais e de lazer, foram prolongadas até 18 de abril, informou a chanceler após uma negociação de quase 12 horas com os estados federados.
Merkel descreveu um "aumento exponencial" da epidemia causado pela variante britânica. A Alemanha entrou em uma "nova pandemia" devido à disseminação das variantes da Covid-19, afirmou a chanceler.
"Temos um novo vírus e é muito mais letal, muito mais infeccioso e contagioso por muito mais tempo", concluiu.
Apoio para impedir exportação de vacinas produzidas na Europa
A chanceler alemã Angela Merkel expressou na terça-feira (23) apoio à ameaça do chefe da UE, Ursula von der Leyen, de impedir que as vacinas da AstraZeneca produzidas no bloco sejam exportadas, antes de uma cúpula da UE sobre a escalada.
"Apoio a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen", disse Merkel. "Temos um problema com a AstraZeneca", acrescentou ela.
As autoridades europeias estão furiosas com o fato de a AstraZeneca ter conseguido cumprir integralmente seu contrato com o Reino Unido, ao mesmo tempo em que deixou de atender à UE.
Em seu duro aviso à gigante farmacêutica anglo-sueca no sábado passado, Von der Leyen disse: "Essa é a mensagem para a AstraZeneca: você cumpre seu contrato com a Europa antes de começar a entregar para outros países."
O alerta vem no momento em que a União Europeia luta para acelerar sua campanha de vacinação Covid-19, assim como muitos Estados membros enfrentam uma terceira onda de coronavírus e novas restrições à vida pública.
Von der Leyen disse que a AstraZeneca entregou apenas 30% das 90 milhões de doses de vacina que havia prometido para o primeiro trimestre do ano.
Grande parte da frustração é devido ao fornecimento para a Grã-Bretanha, onde a campanha de vacinação progrediu em um ritmo muito mais rápido e onde a AstraZeneca também possui instalações de produção.
Bruxelas acusou Londres de operar uma proibição de exportação de fato para alcançar o sucesso da vacina, uma alegação furiosamente negada pelo governo do primeiro-ministro Boris Johnson.
A Grã-Bretanha, por sua vez, expressou procupação sobre a ameaça da UE de interromper o fornecimento da AstraZeneca para fora do continente.
Merkel disse que ela e o francês Emmanuel Macron conversaram com Boris Johnson sobre o assunto e que uma cúpula de líderes da UE no final desta semana tratará do assunto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.