Fim do petróleo russo para países que praticam teto de preço é "mais um capítulo", afirma imprensa
Em um contexto de ameaça de crise energética em pleno inverno europeu, o anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira (27), sobre o corte de fornecimento de petróleo e seus derivados para os países que impuserem um teto ao preço da commodity ascendeu ainda mais o sinal vermelho em um cenário internacional já bastante tenso.
Em um contexto de ameaça de crise energética em pleno inverno europeu, o anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira (27), sobre o corte de fornecimento de petróleo e seus derivados para os países que impuserem um teto ao preço da commodity ascendeu ainda mais o sinal vermelho em um cenário internacional já bastante tenso.
A represália às sanções ocidentais recebe a atenção dos principais jornais franceses desta quarta-feira (28).
Para o Le Monde, a medida, prevista para entrar em vigor a partir de 1° de fevereiro de 2023, é mais um duro capítulo na queda de braço entre Moscou e o Ocidente, que dá sinais de que será longa. Uma resposta direta do Kremlin aos países da União Europeia, do G7 e à Austrália, que votaram pelo teto de US$ 60 o barril no início de dezembro.
A suspensão do fornecimento de petróleo pela Rússia estaria prevista, a princípio, até 1° de julho.
Mas "qual o impacto para a França?", se pergunta objetivamente o título da matéria do Le Parisien. O país não sofreria uma consequência direta, a princípio, segundo o diário francês, visto que o petróleo russo tem uma pequena participação nas importações da França.
"A vingança é um prato que se come frio", continua o artigo, destacando que Putin esperou quase um mês, desde a decisão do teto pelo Ocidente, para baixar seu decreto.
"A Rússia vai fechar a torneira"
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e de Estudos Econômicos (Insee, na sigla em francês), em 2021 o petróleo bruto russo correspondia a 8,8% das importações da França, atrás do fornecimento vindo da Argélia, Nigéria e da Líbia.
"A Rússia vai fechar a torneira", sintetiza o site do Les Echos. A publicação também se questiona onde irá parar essa disputa que tem como principal objetivo repreender o Kremlin pela invasão da Ucrânia e, mais objetivamente, reduzir o financiamento russo no conflito.
Lembrando que há poucos dias Putin já havia anunciado a redução da produção do seu ouro negro.
Ainda que Moscou seja o segundo maior exportador mundial de petróleo e o segundo maior fornecedor para a Europa, Les Echos aponta que 90% das exportações da commodity russa para a União Europeia já terão sido suspensas até o fim de 2022.
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