Fotografia: Artistas trocam ideias e imagens em "Brasil Imprevisto", durante festival ON/OFF Arles
O festival ON/OFF, que corre paralelamente aos Encontros de Arles, encomendou ao Initial LABO, um dos principais laboratórios fotográficos profissionais da França, uma programação ligada ao Brasil, com projeções e discussões em torno da imagem.
Patricia Moribe, enviada especial da RFI a Arles
"Initial LABO é um laboratório fotográfico. Mas não só isso; nós somos um lugar onde todas as coisas são feitas para conectar um fotógrafo antes de apresentar o trabalho do fotógrafo e aumentar sua visibilidade. Por isso que nós estamos em Arles", explica Denise Zanet, diretora do Initial LABO, enquanto prepara o palco do "Brasil Imprevisto", na Cour du Archeveché, no coração do centro histórico da cidade.
Ela explica que todos os dias da semana profissional, de 3 a 6 de julho, os trabalhos de fotógrafos brasileiros serão exibidos em projeções, mesas redondas e tardes de autógrafos.
Gláucia Nogueira é outra figura de proa na divulgação da fotografia contemporânea brasileira. Ela fundou a Iandé, que começou como plataforma em 2016, evoluiu para um coletivo e hoje é uma associação francesa. "Nosso objetivo é fazer com que a presença da fotografia brasileira ganhe cada vez mais espaço na França", explica.
"Estamos na Fundação Manuel Rivera Ortiz, já pela terceira vez, este ano com o José Diniz, que tem curadoria de Ioana Mello. Pau Brasil - na exposição coletiva Grow Up - é uma exposição muito bonita, que fala de colonialismo, e traz para o presente e para o contexto atual a expropriação dessa árvore tão importante para o Brasil", comenta Gláucia Nogueira.
Andrea Eichenberger, catarinense radicada em Paris, participa de uma das projeções com "Parque", realizada em Florianópolis. "É um espaço natural, protegido, e que foi vendido de forma irregular à propriedade privada. Esse lugar que está sendo ameaçado pela construção de um hotel de luxo. Um movimento popular se formou em torno desse espaço, exigindo a criação de um parque público natural no local. Então este trabalho gravita em torno disso, desse movimento, das formas de ocupação desse grupo, e tenta promover um diálogo com outros moradores da cidade sobre o uso desse espaço em Florianópolis.", explica a fotógrafa.
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