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Aliados celebram escolha do primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, à frente da Otan

26/06/2024 15h20

Os 32 países da Otan nomearam nesta quarta-feira (26) o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, como o seu próximo secretário-geral. A substituição do norueguês Jens Stoltenberg, que ficou no cargo por dez anos, acontece num momento crucial para a Organização do Tratado do Atlântico Norte, em que a Rússia continua a sua guerra na Ucrânia. 

Rutte, de 57 anos, tomará posse no dia 1º de outubro. É uma "grande honra", disse ele após a nomeação. 

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"Sei que deixarei a Otan em boas mãos", reagiu Jens Stoltenberg na rede social X. "Mark é um verdadeiro defensor das relações transatlânticas, um líder forte e um construtor de consensos", disse o ex-ocupante do cargo. 

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou estar "convencido de que Mark Rutte será um excelente secretário-geral" para a Otan.  

Mark Rutte é um "líder forte e de princípios", definiu, por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. 

A nomeação também foi saudada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, "num momento em que a Aliança é mais necessária do que nunca", disse. 

"A sua liderança e experiência serão cruciais para a Aliança durante este período difícil", reagiu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelando ao reforço da parceria entre a UE e a Otan. 

Rutte deixará o cargo de primeiro-ministro da Holanda em 2 de julho, após a posse do novo governo, marcada para essa data. Veterano da política europeia, ele obteve o apoio dos países mais importantes da Aliança, a começar pelos Estados Unidos. 

A nomeação não passou de uma formalidade, após a retirada da candidatura do Presidente romeno, Klaus Iohannis, na semana passada. 

Habilidade política 

"Graças aos seus anos de experiência na política holandesa e na cena internacional, Rutte desenvolveu uma capacidade de encontrar equilíbrios", explicou Philippe Dickinson, analista do think tank Atlantic Council. "Esta habilidade política será testada em um nível sem precedentes nos próximos anos", acrescentou. 

Rutte é um defensor fervoroso da Ucrânia. Haia assinou este ano um acordo de € 2 bilhões em assistência militar a Kiev, ao longo de dez anos. A Holanda também liderou esforços para fornecer caças F-16, uma decisão descrita como "histórica" por Volodymyr Zelensky. 

Participação dos EUA 

Além da ameaça russa, o holandês terá de lidar com o resultado das eleições americanas de novembro. Só os Estados Unidos representam metade do peso militar da Aliança. 

A perspectiva de Donald Trump regressar à Casa Branca assombra a sede da Otan, em Bruxelas. Trump chegou a qualificar a Aliança de "obsoleta", à medida em que aumentou as suas críticas aos aliados europeus, acusados de não gastarem o suficiente com a sua defesa. 

Uma melhor "partilha de encargos" é uma exigência constante dos EUA e Rutte tem sublinhado que Trump tinha razão em criticar a inércia europeia nesta área. Esta suposta capacidade de persuadir o ex-presidente americano funcionou a seu favor, na perspectiva de um possível regresso do republicano à Casa Branca. 

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos também agradeceu a Jens Stoltenberg, sob cuja liderança a Aliança "cresceu e se fortaleceu" com uma unidade "que nunca foi tão forte" entre os 32 países que a compõem, destacou. 

Recentemente, a Suécia e a Finlândia - países tradicionalmente neutros - ingressaram na organização, que conta atualmente com 32 países-membros.

 

(Com AFP)

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