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Russo é condenado a 13 anos de prisão por transferir € 50 em apoio a exército ucraniano

08/11/2024 12h09

Um cidadão russo foi condenado a treze anos de prisão por "alta traição", considerado culpado de fornecer apoio financeiro ao exército ucraniano. A agência estatal russa Ria Novosti informou nesta sexta-feira (8) que o dinheiro em questão provinha de uma transferência bancária no valor de € 50 (cerca de R$ 310, na cotação atual).

Um cidadão russo foi condenado a treze anos de prisão por "alta traição", considerado culpado de fornecer apoio financeiro ao exército ucraniano. A agência estatal russa Ria Novosti informou nesta sexta-feira (8) que o dinheiro em questão provinha de uma transferência bancária no valor de € 50 (cerca de R$ 310, na cotação atual).

 

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Um tribunal de Moscou considerou Alexander Kraichik "culpado de alta traição por fornecer apoio financeiro a um Estado estrangeiro", por "ódio político e ideológico".

Ele terá que cumprir 13 anos de prisão em uma "colônia penal de alta segurança", de acordo com o veredicto, que data de 1º de novembro, mas que foi divulgado apenas nesta sexta-feira (8).

Citando o departamento de comunicações do tribunal, a agência de notícias estatal Ria Novosti informou que Alexander Kraichik havia "feito uma transferência de € 50 para uma conta bancária alemã criada pelo exército ucraniano dois dias após o início do ataque russo à Ucrânia", em 24 de fevereiro de 2022.

Tentativas de fuga

De acordo com o grupo de direitos humanos Memorial, que é classificado como "agente estrangeiro" e proibido pelas autoridades russas, Alexander Kraïtchik, de 34 anos, foi preso em 2023 quando se preparava para deixar a Rússia rumo à Turquia, poucos dias depois de seu telefone ter sido apreendido.

Esse não é o primeiro caso de sanção contra tentativas de ajuda financeira às forças da Ucrânia. Em agosto, Ksenia Karelina, uma cidadã russo-americana de 32 anos, já havia sido condenada a 12 anos de prisão por, entre outras coisas, doar cerca de US$ 50 a uma organização ucraniana. Morando na Califórnia, ela foi presa quando visitava sua família na Rússia.

Desde 2022, as autoridades russas têm aumentado o número de prisões por "espionagem", "traição", "sabotagem", "extremismo" ou simples críticas ao exército, muitas vezes resultando em sentenças de prisão muito pesadas.

Nesta sexta-feira, a promotoria de Moscou pediu seis anos de prisão para uma pediatra russa acusada pela mãe de um de seus pacientes de criticar a ofensiva russa na Ucrânia durante uma conversa particular. Aos prantos, perante o tribunal, a médica Nadejda Bouïanova, de 68 anos, disse que era inocente. Ela está detida desde abril.

(Com AFP)

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