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Macron promete nomear novo primeiro-ministro francês 'em 48 horas'

11/12/2024 05h08

O presidente francês, Emmanuel Macron, se reuniu na terça-feira (10) com lideranças partidárias antes da nomeação de um novo primeiro-ministro. O futuro chefe de governo, que será anunciado até quinta-feira (12), terá a missão de negociar um acordo para evitar um novo voto de censura na Assembleia de Deputados. 

"Macron promete ir rápido" é a chamada de capa do jornal Le Figaro que publica uma matéria sobre o resultado das consultas do presidente com os partidos na terça-feira (10). As conversas, das quais foram excluídas as legendas Reunião Nacional, partido da extrema direita, e França Insubmissa, da esquerda radical, terminaram com apenas um anúncio: que a França conhecerá o nome do próximo premiê em 48 horas, afirma o diário.

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O jornalLe Monde descreve um encontro "comportado" entre as diferentes lideranças partidárias, na sede da presidência francesa, longe das câmeras e microfones das mídias, durante cerca de três horas. O objetivo é encontrar uma solução ao impasse após a crise política que se instalou no país devido à convocação de eleições legislativas antecipadas por Macron, em junho.

O pleito teve vitória da aliança da esquerda, Nova Frente Popular, mas o presidente rompeu com o protocolo e nomeou um primeiro-ministro de direita, Michel Barnier, que caiu após ser alvo de uma moção de censura na semana passada. 

Leia tambémFrança: deputados aprovam moção de censura e derrubam governo do premiê Michel Barnier

Três propostas

Segundo Le Monde, Macron teria proposto três opções de pacto aos chefes dos diferentes partidos do centro, esquerda e direita, mirando na "estabilidade institucional". A primeira delas seria o engajamento em um acordo governamental, a segunda um compromisso legislativo em prol de um orçamento para 2025, e a última seria uma promessa de não-censura da parte das lideranças políticas, para evitar a queda do próximo premiê. 

O jornal Libération expõe as dificuldades entre as diferentes legendas de entrar em um acordo. Embora, segundo o diário, haja um consenso entre as lideranças partidárias: a exclusão da extrema direita. Para o jornal, a líder do Reunião Nacional, Marine Le Pen, está furiosa e denuncia "o desdém" de Macron.

Quem também não esconde sua insatisfação é Jean-Luc Mélenchon, chefe do partido da esquerda radical França Insubmissa, que é contra um acordo de coalizão e, de acordo com o Libération, desejava que os líderes das legendas socialista, ecologista e comunista insistissem na nomeação de um premiê progressista "fechassem a porta" às propostas de Macron. 

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