Topo

Capitais podem ter novos aeroportos em até 15 anos, diz Bittencourt

Em Brasília

28/01/2013 20h42

O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, disse nesta segunda-feira (28) que o governo estuda a instalação de mais aeroportos em capitais brasileiras num período entre 10 e 15 anos. "Queremos atender a uma demanda crescente", afirmou. "Mesmo com os investimentos que vêm sendo feitos nós precisamos investir mais. Nos aeroportos existentes investiremos no máximo de estrutura que eles puderem comportar."

De acordo com Bittencourt, estão sendo realizados estudos técnicos para identificar as cidades que precisarão de mais aeroportos. Segundo o ministro, uma delas é Porto Alegre, atualmente atendida pelo Salgado Filho, e negociações vêm sendo mantidas com o governo estadual desde 2011 para a escolha do melhor local para o empreendimento.

Também estão na pauta do governo, segundo o ministro, capitais da região Nordeste. Ele preferiu não dizer quais as cidades analisadas, limitando-se a informar que os municípios que já tiveram aeroportos envolvidos em leilão não terão novos empreendimentos nos próximos 15 anos. "Com esse planejamento estamos bem preparados até 2030", afirmou.

Acordo com a UE

Wagner Bittencourt disse que o governo brasileiro não fechou até agora o acordo de céus abertos com a União Europeia porque os termos do contrato "não estão favoráveis" ao Brasil. Ele explicou que a legislação brasileira não permite que estrangeiros tenham mais de 20% de participação no capital de companhia aérea brasileira, o que também inviabiliza o acordo com os europeus.

"Temos um problema de lei e de desequilíbrio", afirmou o ministro. "Todo acordo internacional precisa ser equilibrado. Uma companhia aérea brasileira não poderia voar entre países europeus ou para a Ásia. Mas as companhias europeias podem voar para o Brasil e, depois, seguir para outros países", disse. "Não podemos deixar de nos preocupar com as nossas companhias. Tudo o que estamos propondo é factível. A Europa tem esse tipo de acordo com outros países."

Bittencourt preferiu não comentar sobre o aumento do teto de participação de estrangeiros no capital de companhias aéreas brasileiras, argumentando que circula no Congresso um projeto para elevar o percentual de 20% e que, no momento oportuno, o governo vai se posicionar sobre o tema.