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Processo contra ministra Ideli Salvatti por uso de helicóptero da PF é arquivado

24/02/2014 16h47

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República arquivou nesta segunda-feira, 24, o processo que apurava se a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, tinha cometido infração ética ao utilizar um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atuava em convênio com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para fazer visitas a Santa Catarina, base eleitoral da ministra.

A assessoria da comissão não informou o placar da votação. O conselheiro relator, Horácio Pires, tinha recomendado que a ministra recebesse uma advertência pelo uso da aeronave, mas, depois de um pedido de vistas na última reunião pelo conselheiro Mauro Menezes para "se aprofundar melhor no assunto", Pires decidiu retirar a advertência nesta segunda-feira, 24, e apenas recomendar que o governo vete o uso de veículos destinados ao atendimento médico.

Segundo o voto de Menezes, não houve acidente em que o helicóptero fosse necessário durante o período que a ministra usou o equipamento, e a responsabilidade por liberar o uso do veículo foi da PRF, e não da Secretaria de Relações Institucionais. Os documentos foram apresentados pela polícia federal, Ministério Público e a ministra entre a reunião anterior da comissão, em janeiro, e a de hoje.

Relator do processo, Pires disse que os novos documentos mudavam o quadro. "O convênio entre a PRF e o Samu para utilização da aeronave em questão esteve suspenso entre agosto e dezembro de 2012 e, a partir de 2013, reestabelecido o convênio, as equipes do Samu passaram a usar a aeronave apenas para o transporte inter-hospitalar. Os serviços de urgência médica passaram a ser prestados prioritariamente por aeronave do Corpo de Bombeiros", escreveu.