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Rodoviários entram em greve em Belo Horizonte (MG) e cidades da região metropolitana

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

12/03/2012 07h18Atualizada em 12/03/2012 09h46

Em campanha salarial, rodoviários entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12) em Belo Horizonte (MG) e cidades da região metropolitana. Apenas a escala mínima de 30% da frota dos ônibus, exigida por lei em caso de greve, deverá atender os usuários.

A paralisação começou a zero hora de hoje e, de acordo com sindicato que representa a categoria, diretores da entidade e trabalhadores se posicionaram na porta das garagens para impedir a saída dos ônibus. Os piquetes serão coordenados pelos dirigentes nas 58 garagens da capital mineira e em cidades da região metropolitana.

A BHTrans informou que as estações Barreiro e Diamante não funcionam desde a madrugada por conta da paralisação dos trabalhadores rodoviários. Já as linhas alimentadoras e troncais das estações São Gabriel e Venda Nova operam parcialmente. ainda conforme a empresa, a situação na estação Vilarinho é normal. As demais linhas de coletivos da cidade funcionam parcialmente, com excesso de usuários em alguns pontos de embarque na cidade. Ao todo, 1,6 milhão de passageiros utilizam o transporte por meio de ônibus somente em Belo Horizonte, que tem uma frota de 3.010 veículos. 

A falta de ônibus já começou a congestionar vias importantes de tráfego na cidade por conta do excesso de carros nelas.   

Reajuste de 49%

Denílson Dorneles, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH), disse que os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 49%, aumento no número e no valor do tíquete-refeição e participação nos lucros das empresas, além de redução de 40 minutos na jornada diária, que é de 6h40.

A entidade que representa os donos das empresas ofereceu 6% de aumento nos salários. Outra oferta seria um reajuste de 13% nos vencimentos, mas atrelado a alteração na jornada diária de trabalho, passando para 7h.

Sobre a participação nos lucros, a entidade patronal ofertou R$ 150 a quem ganha até R$ 1 mil, e R$ 300 para o trabalhador que recebe acima desse valor.

Na última sexta-feira (9), quando foi definida a paralisação, os grevistas fizeram passeatas no centro de Belo Horizonte, o que deixou o trânsito muito ruim na região, afetando quase todas as saídas da região central da capital mineira. 

A BHTrans, empresa que gerencia o tráfego na cidade, informou, ainda na noite de domingo (11), ter sido realizada uma reunião com representantes da Polícia Militar de Minas Gerais e foi formulado uma revisão do plano de contingência, englobando ações especiais de trânsito, com o intuito de minimizar o impacto da paralisação aos usuários do transporte coletivo.