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Adolescente de 16 anos é acusado de matar avó para jogar videogame em Pirassununga (SP)

Maurício Simionato

Do UOL, em Campinas

12/04/2012 13h20

Um adolescente de 16 anos assassinou a avó de 65 anos com cinco facadas, em Pirassununga (212 km de São Paulo), porque ela não o deixou jogar videogame nesta quarta-feira (11).  O crime aconteceu no bairro Cidade Jardim, de classe média-alta.

Após atacar a avó enquanto ela assistia a televisão, o adolescente telefonou para a tia e contou sobre o crime. A avó ainda foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no pronto-socorro da cidade.

Apesar de se manter calado durante o depoimento na Polícia Civil, os policiais militares declararam que o jovem contou a eles que cometeu o crime porque a avó não o deixava jogar videogame.

“Os PMs contaram no depoimento deles que o jovem alegou, logo após o crime, que a avó pegava no pé dele pelo fato dele ter ido mal na escola e não o deixou jogar videogame naquele dia [quarta-feira]”, disse o delegado responsável pelo caso Maurício Miranda Queiroz.

O adolescente está apreendido em uma cela especial para menores de idade na Cadeia Pública de Pirassununga. Segundo o delegado, o caso será apresentado ainda nesta quinta-feira ao Ministério Público.

O adolescente passava a maior parte dos dias com a avó, Aparecida Clery Fuzaro Pigati, e com uma tia (que é filha da avó). Os pais dele, que moram em outra casa, disseram que o jovem era tranquilo.

O crime

Segundo o delegado, o jovem usou uma faca de cozinha para matar a avó. Ela foi atingida por golpes nas costas, no braço e no pescoço. “Ela foi pega de surpresa, pois foi atacada enquanto assistia televisão”, disse o delegado.

A Polícia Civil apurou ainda que o jovem não tinha passagens pela polícia e não possuía um histórico violento e nem de uso de drogas.

Entre os jogos usados pelo jovem no videogame estão alguns de violência como o GTA no qual o personagem rouba veículos e agride pessoas.

O adolescente foi sindicado pelo ato infracional de homicídio doloso (com intenção de matar). O Ministério Público vai decidir se permanecerá apreendido. O caso será remetido para a Vara da Infância e da Juventude.