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20 toneladas de lixo hospitalar espanhol são encontradas em contêiner no porto de Itajaí (SC)

Material estava relacionado como "tecido atoalhado de algodão"   - Divulgação/Receita Federal
Material estava relacionado como "tecido atoalhado de algodão" Imagem: Divulgação/Receita Federal

Do UOL, em São Paulo

24/05/2012 14h21Atualizada em 24/05/2012 17h53

A Receita Federal apreendeu nesta quarta-feira (23), em Itajaí (94 km de Florianópolis), 20 toneladas de lixo hospitalar e de hotéis que estavam acondicionadas em um contêiner no porto da cidade.

O material veio de hospitais e hotéis da Espanha e estava relacionado como sendo “tecido atoalhado de algodão”. A apreensão faz parte da operação Maré Vermelha, da receita, iniciada em março. Num intervalo de oito meses, a equipe conseguiu impedir a entrada de 120 toneladas de lixo no país.

O material especificado deveria ser tecido usado na fabricação de toalhas de limpeza. Porém, os fiscais acabaram encontrando itens usados, que foram descartados como resíduo, devido ao péssimo estado de conversação.

“Havia muitas toalhas e lençóis de hospitais. Inclusive, o laudo do Ibama atestou o material como 'resíduo nocivo ao meio ambiente e à saúde humana'”, declara Christiane Larcher, assessoria da Receita Federal.

Segundo o Ibama, a carga saiu do porto de Valência, e as medidas já estão sendo tomadas para devolver o contêiner à Espanha em até 30 dias. A empresa importadora, que não pode ser identificada, levará multa e ainda vai arcar com as despesas de devolução do material.

Segundo a Receita Federal, esta é a terceira vez em oito meses que carregamentos de lixo são encontrados em contêineres no porto de Itajaí. Há dois meses, outras 40 toneladas já haviam sido apreendidas no porto. 

Um caso semelhante ocorreu este ano no Porto de Itajaí. Em março, foi interceptado um carregamento de 40 toneladas proveniente do Canadá, que tinha sido declarada como polietileno.

Já em setembro do ano passado, a carga de seis contêineres com garrafas pet, também vinda da Espanha, foi devolvida. O material havia sido importado por uma empresa de Farroupilha (RS). (Com informações de Léo Pereira, em Florianópolis)