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Piranhas atacam banhistas em balneário no interior de São Paulo

Placa adverte visitantes para perigo de ataque de piranhas em praia fluvial de Rancharia (SP) - Divulgação
Placa adverte visitantes para perigo de ataque de piranhas em praia fluvial de Rancharia (SP) Imagem: Divulgação

José Bonato

Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)

31/12/2012 16h29

Pelo menos 23 pessoas foram atacadas por piranhas nos últimos oito dias no Balneário Municipal de Rancharia (508 km de São Paulo), às margens do rio Capivari. Os ataques começaram às vésperas do Natal, e o caso mais grave é o de uma criança de dez anos que teve o dedinho do pé parcialmente amputado.

A prefeitura da cidade colocou um carro de som e placas nas margens da represa informando o risco das mordidas dos peixes, mas a medida não afugentou os turistas dos banhos no rio. Cinco novos ataques foram registrados entre domingo e esta segunda-feira (31), segundo o Corpo de Bombeiros.

A última vítima foi um adolescente de 15 anos, que teve um dos pés mordidos na tarde de hoje. Ele foi levado ao pronto-socorro para receber curativos. O ferimento não foi considerado grave pelos bombeiros que atenderam à ocorrência. O jovem é de Assis (427 km de São Paulo).

Proteção aos ninhos

“Os acidentes estão acontecendo num mesmo ponto, não é em todas as praias do balneário. Um biólogo da Unesp (Universidade Estadual Paulista) esteve aqui e disse que os peixes estão apenas protegendo seus ninhos, que devem estar naquela parte do rio”, disse Wagner Pereira, 37, secretário de Manutenção de Rancharia.

De acordo com Pereira, as piranhas subiram ao Capivari a partir do rio Paraná, onde o Capivari desemboca, na divisa com o Mato Grosso do Sul, para procriar nas águas de Rancharia. O secretário afirma que é a primeira vez que são registrados acidentes com piranhas no local. O balneário existe há 47 anos.

O turismo nas praias do Capivari costuma movimentar a economia de Rancharia no final de ano. No Natal, foram registradas 9.000 pessoas no balneário. A expectativa para o ano-novo era de 20 mil turistas, mas, devido aos ataques de piranhas, o número deve cair para 14 mil, segundo o secretário de Manutenção.