Avenida Atlântica será fechada para G20 após pedido das forças de segurança

A Prefeitura do Rio de Janeiro informou que a Avenida Atlântica será totalmente interditada durante a Cúpula de Líderes do G20.

O que aconteceu

O bloqueio total começa às 6h de segunda-feira (18) e vai até as 18h de terça (19). Trecho de bloqueio vai da rua Francisco Otaviano até a avenida Princesa Isabel.

Via será exclusiva para os deslocamentos das delegações participantes do G20. O presidente dos EUA, Joe Biden, o presidente chinês Xi Jinping, e o francês Emmanuel Macron são alguns dos líderes que estarão no Rio.

Pedido foi feito pelas Forças de Segurança, que farão a escolta de autoridades e segurança de perímetros. Mais de 17,5 mil agentes e 8 mil homens das Forças Armadas participam do esquema especial, que também conta com drones e aeronaves.

Prefeitura destaca que não haverá áreas de lazer, como é comum quando as pistas são fechadas para o trânsito. "Circularão diversos comboios precedidos de batedores, em ambos os sentidos. Serão instaladas grades ao longo de toda a via para garantir a segurança e orientar o fluxo de pedestres", destaca a prefeitura.

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Imagem: MAURO PIMENTEL/AFP

G20 deve debater mudanças climáticas e taxação de grandes fortunas

A mesa de negociação do G20 terá temas espinhosos, com grande divergência entre os países. Em reunião prévia sobre clima, ministros dos países do grupo listaram metas claras. Entre elas, triplicar energia renovável e atingir neutralidade de emissão de gases —ou seja, tudo que for emitido será compensado.

Taxação de super ricos foi discutida em encontros ministeriais do G20. A equipe de Finanças do G20 passou meses debatendo um projeto para taxar os bilionários ao redor do mundo. A medida atingiria cerca de 3 mil pessoas — grupo com patrimônio acima de U$ 1 bilhão distribuídos em ativos, imóveis, ações, entre outros, e que não paga pelo menos 2% de imposto de renda anual. E poderia arrecadar entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões ao ano.

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A ideia era que o dinheiro fosse usado para financiar ações de combate a miséria e catástrofes climáticas. Expectativa de diplomatas e especialistas é que taxação de grandes fortunas não seja incluída na declaração final do G20.

O Brasil vai propôr a criação de uma aliança internacional para enfrentar a pobreza e a fome, que é vista como o principal legado deste G20. Enquanto em outros temas há divergência, neste a maioria concorda. Além disso, a adesão à aliança não é obrigatória, mas voluntária. Mesmo que um país importante não queira participar, os demais podem seguir com a iniciativa.

O resultado da negociação deve sair em 19 de novembro, após dois dias de reunião entre chefes de Estado. O presidente Lula (PT) discursa no encerramento da cúpula.

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