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No Mato Grosso do Sul, PMs e bombeiros anunciam que ficarão aquartelados; Polícia Civil parou na 6ª

Do UOL, em Campo Grande

20/05/2013 20h44

Policiais militares e o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul anunciaram, no fim da tarde desta segunda-feira (20), que as corporações ficarão aquarteladas a partir de amanhã. A categoria pede um reajuste salarial de 25%. O governador André Puccinelli (PMDB) oferece 7%.

Os policiais civis deflagraram greve na sexta-feira (17). Eles também querem 25% de aumento. A proposta do Estado também é de 7%.  A Justiça declarou o protesto ilegal e fixou multa diária de R$ 40 mil. A categoria recorreu e manteve a manifestação.

Aquartelamento é um meio de os militares legitimarem a paralisação. Como não podem promover greves, a alternativa foi ficarem nos quartéis, sem sair às ruas.

Há cerca de 20 dias Puccinelli anunciou o resjuste de 25%, mas parcelados em três vezes: 7% neste ano, 8% no ano que vem e 20%, em 2015, ano que o governador não mais comandará o governo.  A mesma proposta de reajuste foi prometida aos policiais civis.

O presidente da Associação dos Cabos, Soldados e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul, Edmar Soares, disse ter tentado convencer o governador a conceder o reajuste até antes da assembleia geral dos militares, hoje à tarde.

"Estimamos que 4.000 homens fiquem aquartelados a partir de amanhã, já que o governador não abre mão de dar apenas 7% de aumento neste ano", afirmou Soares.

Pelos cálculos da associação, metade da PM vai parar a partir de amanhã.

Já os policiais civis na ativa somam 1.600 servidores. O Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul) informou que 70% da categoria aderiu à grave.

O salário inicial de do soldado da PM de Mato Grosso do Sul é de cerca de R$ 2.100. Já a remuneração inicial do investigador da Polícia Civil é de R$ 2.300, segundo o Sinpol.

O governador informou que encaminha nesta terça-feira (20) à Assembleia Legislativa o projeto que determina o aumento salarial dos policiais. Ele disse que vai cortar os dias parados dos grevistas e que ia reduzir de 7% para 5% o reajuste proposto aos policiais civis.