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Justiça nega pela 4ª vez pedido de liberdade a pastor preso no Rio

O pastor Marcos Pereira, 56, presidente da igreja Adud (Assembleia de Deus dos Últimos Dias), foi preso sob a suspeita de estupros - Divulgação/Seap
O pastor Marcos Pereira, 56, presidente da igreja Adud (Assembleia de Deus dos Últimos Dias), foi preso sob a suspeita de estupros Imagem: Divulgação/Seap

Do UOL, no Rio*

05/06/2013 16h14Atualizada em 05/06/2013 18h15

A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou pedido de habeas corpus ao pastor Marcos Pereira da Silva, da Adud (Assembleia de Deus dos Últimos Dias). Desde a prisão do pastor, no dia 8 de maio, por causa de acusações de abuso sexual, este é o quarto pedido de liberdade negado pela Justiça.

O desembargador relator justificou a decisão pela “necessidade de garantia da ordem”, segundo nota divulgada pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). O líder da Adud está no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio.

Procurado pelo UOL, o advogado do pastor, Marcelo Patrício, afirmou que deve recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para tentar obter a liberdade de seu cliente. "A gente já tinha ciência de que seria difícil sair o habeas corpus aqui no Rio de Janeiro. Nossa esperança é Brasília. Vamos levar nossa defesa para o STJ e lá vamos conseguir o habeas corpus", disse.

O pastor Marcos começou a ser investigado há pouco mais de um ano, a partir de acusações que o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, fez sobre o suposto envolvimento de Marcos Pereira com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ao longo das investigações, a polícia descobriu que o pastor teria estuprado algumas fiéis, entre elas três menores de idade.

Ele é investigado ainda pela suposta participação em quatro homicídios, esquemas de lavagem de dinheiro e organização de orgias com menores de idade em um apartamento em Copacabana avaliado em R$ 8 milhões e registrado em nome da igreja.

As pessoas eram chamadas para cultos, mas Pereira as forçava a participar da orgia para "serem purificadas", segundo as investigações da polícia. As investigações dão conta ainda de que o pastor costumava agir com violência, e que obrigava mulheres a fazer sexo com mulheres e homens a transar com homens.

Um dos assassinatos no qual o pastor estaria envolvido seria o de uma jovem que descobriu as orgias e teria tentado denunciá-lo. Um sobrinho do pastor também estaria envolvido nesta morte. (Colaborou Julia Affonso)