Sem provas, Trump fala em 'trapaça' durante votação na Pensilvânia
Sem apresentar provas, o candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, falou em "trapaça" durante a votação na Filadélfia, maior cidade do estado-pêndulo da Pensilvânia, nesta terça-feira (5).
O que aconteceu
Trump fez uma publicação na Truth Social — plataforma lançada por ele em 2022 após ser banido do Facebook e do Twitter. "Muita conversa sobre trapaça em massa na Filadélfia. A polícia está chegando!!!", escreveu.
Autoridades republicanas e democratas negam alegação do ex-presidente. Pelas redes sociais, um dos três membros do conselho eleitoral da Filadélfia, Seth Bluestein, um republicano, disse que "não há absolutamente nenhuma verdade na afirmação. É mais um exemplo de desinformação." Votar na cidade é "seguro e protegido", disse ele.
"Os condados da Pensilvânia, incluindo a Filadélfia, estão realizando eleições seguras", divulgou o Departamento de Estado do governador democrata Josh Shapiro.
Mais cedo, Trump disse que reconheceria uma eventual derrota "se as eleições forem justas". "Se eu perder uma eleição, se as eleições forem justas, eu seria o primeiro a reconhecer isso. Até agora penso que têm sido justas", declarou o republicano à imprensa após votar na Flórida.
'Transição pacífica'
Procuradores-gerais dos EUA se uniram para fazer um apelo por uma "transição pacífica de poder". Se o pedido é normalmente feito pelo governo dos EUA para outras regiões do mundo onde o processo eleitoral é incerto, a declaração nesta terça-feira foi interpretada como um sinal da fragilidade da democracia americana.
O comunicado foi divulgado pela Associação Nacional de Procuradores Gerais (NAAG, na sigla em inglês). "Independentemente do resultado da eleição de terça-feira, esperamos que os americanos respondam pacificamente e condenamos quaisquer atos de violência relacionados aos resultados", diz a nota.
Dois homens foram presos em meio à votação nos EUA. A polícia do Capitólio, palco da tentativa de golpe de 6 de janeiro de 2021, prendeu um homem no centro de visitas que estava com odor de combustível e estava carregando uma tocha e uma pistola de sinalização.
O outro homem foi preso após fazer ameaças em um ponto de votação da cidade de Fowler, em Nova York. Suspeito se irritou após ser impedido de votar por ter condenação criminal.
Disputa acirrada
O foco dos candidatos é a Pensilvânia. O estado-pêndulo que pode definir o próximo presidente por seu peso eleitoral, representatividade demográfica e eleitorado imprevisível —os outros estados chamados roxos são Michigan, Wisconsin, Geórgia, Carolina do Norte, Arizona e Nevada.
Segundo o U.S. News, dez dos últimos 12 presidentes eleitos venceram na Pensilvânia, reforçando seu papel de "termômetro eleitoral" para a vitória eleitoral. Pensilvânia possui pluralidade demográfica que a torna um "microcosmo" dos EUA.
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Quero receberTemor de que Trump não reconheça a vitória e gere onda de violência. A campanha dele já indicou que isso deve acontecer. Kamala admitiu que seu partido está pronto para responder, e o governo Biden alertou que não vai tolerar. Washington DC e outros locais dos EUA reforçaram a segurança com medo de episódios de violência após o anúncio dos resultados. Autoridades indicam que existem riscos reais de que cenas como a da invasão do Capitólio, em 2021, voltem a ser registradas. As chances de a democrata Kamala Harris vencer o republicano Donald Trump passaram de 50% para 56%. O aumento registrado em atualização final da previsão estatística do site da revista americana The Economist.
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