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Em Santos, protesto contra aumento da tarifa para sessão da Câmara Municipal

Santistas também protestaram contra o atual valor da tarifa de ônibus (R$ 2,90) no litoral de São Paulo - Divulgação
Santistas também protestaram contra o atual valor da tarifa de ônibus (R$ 2,90) no litoral de São Paulo Imagem: Divulgação

Do UOL, em Santos (SP)

13/06/2013 21h11

Cerca de 300 pessoas protestaram contra o atual valor da tarifa de ônibus (R$ 2,90) em Santos, litoral de São Paulo. Diferentemente do que ocorreu em outros locais do país, não houve confronto com Polícia Militar. Porém, os manifestantes causaram grandes transtornos no trânsito do Centro da Cidade. Eles também invadiram a sessão da Câmara dos Vereadores, que chegou a ser suspensa por alguns minutos.

A passeata começou por volta das 17h em frente à prefeitura, na Praça Mauá. Munidos de apitos, sinalizadores, fogos de artifícios, faixas e cartazes com os dizeres “Aumento das tarifas não” e aos gritos de “Se a tarifa não baixar, Santos vai parar” e “Você aí parado também foi explorado”, eles subiram a rampa do Paço Municipal.

Como lá acontecia uma apresentação de teatral em homenagem em comemoração ao aniversário de 250 do nascimento de José Bonifácio, patriarca da Independência, houve um princípio de tumulto com agentes da Guarda Municipal, que foi controlado rapidamente.

Logo depois, caminharam pelas ruas em direção ao terminal de ônibus municipais. No trajeto, sentaram na rua João Pessoa, parando o trânsito de uma das vias mais movimentadas de Santos e que faz parte do principal acesso para a via Anchieta, que liga o litoral à capital. No terminal, interromperam a operação dos circulares local por alguns minutos.

Os manifestantes seguiram para a Câmara Municipal. Durante o protesto na Casa, que durou cerca de 10 minutos, a sessão foi interrompida. Depois, retornaram para a porta da prefeitura.

Uma professora que fazia parte do grupo, mas não quis se identificar, defendia a redução da atual tarifa. “Pra mim, o ideal será R$ 2. Do trabalho para casa, gasto quatro conduções diariamente”.

Houve também quem protestasse contra o valor da passagem intermunicipal. “Moro em São Vicente, trabalho na Praia Grande e aos finais de semana visito parentes em Santos. Em cada passagem desembolso R$ 4”, afirma o professor Absolon Soares da Silva.

Além da tarifa, muitos se queixaram da medida implantada no dia 23 de maio pelo prefeito da cidade, Paulo Alexandre Barbosa, que proíbe que o pagamento em dinheiro dentro dos ônibus a não ser em casos considerados excepcionais, como uma emergência de saúde, por exemplo. O passageiro tem que usar um cartão transporte, adquirido antecipadamente em postos de venda espalhados pela cidade.

A passagem no município não sofre reajuste desde fevereiro de 2012. Não houve ainda anúncio de uma possível nova tarifa. O tema está em análise pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) em conjunto com a Viação Piracicabana, concessionária do transporte público.

Em Santos, não existe bilhete único. A expectativa é que o sistema seja implantado em 2014, quando está previsto a o início da operação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).