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Brasília e Goiânia são as metrópoles do país que mais atraem migrantes, diz IBGE

MIGRAÇÃO NO BRASIL

  • Dicvulgação/ IBGE

    Mapa mostra áreas que receberam (vermelho) e perderam (azul) moradores, em 2010

Do UOL, em São Paulo

28/06/2013 12h11

Brasília e Goiânia são as capitais brasileiras com maior atração de migrantes no Brasil, segundo o Atlas do Censo Demográfico 2010, lançado nesta sexta-feira (28), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As duas metrópoles se destacam por apresentarem os maiores resultados de saldos migratórios, isto é, mais pessoas vão viver nesses municípios do que se mudam deles para outros lugares.

São Paulo e Rio de Janeiro, por outro lado, deixaram de ser os principais polos de atração do país, embora seu volume de imigrantes e emigrantes seja significativo. E outras metrópoles, como Belém, Fortaleza, Recife, Salvador e Porto Alegre, também apresentam fraco desempenho na atração de migrantes.

Segundo o IBGE, os fluxos de migrantes estão associados às mudanças no mercado de trabalho e não são mais de pessoas com baixa qualificação. Há uma diversidade de tipos de pessoas que mudam de cidade pelo país, e o migrante com mais escolaridade tem mais possibilidades de deslocamento e opções profissionais. Brasília, por exemplo, apresenta um forte peso das atividades de administração pública no total dos empregos oferecidos.

Mudança histórica

Na década de 70, o Sudeste e, particularmente, o interior paulista registravam os maiores volumes de movimentos populacionais do país, devido à industrialização e à urbanização. Depois, começou a haver uma desconcentração industrial, e outros centros passaram a atrair migrantes, como as capitais regionais.

Em São Paulo, destacam-se os fluxos para Campinas, Santos e Sorocaba, devido à economia. Outras capitais, como Vitória, Porto Velho e Palmas recebem migrantes pelas suas funções administrativas.

A publicação revela ainda que o Nordeste, tradicionalmente associado a uma região de saída de habitantes, hoje não apresenta perdas populacionais significativas.