Topo

Polícia prende suspeito de matar garoto boliviano em São Paulo

28.jun.2013 - Dezenas de bolivianos fazem protesto em frente ao 49º DP no bairro de São Mateus, em São Paulo, na noite desta sexta-feira (28), pedindo justiça após a morte do menino Brayan Yanarico Capcha, 5 - Peter Leone/Futura Press
28.jun.2013 - Dezenas de bolivianos fazem protesto em frente ao 49º DP no bairro de São Mateus, em São Paulo, na noite desta sexta-feira (28), pedindo justiça após a morte do menino Brayan Yanarico Capcha, 5 Imagem: Peter Leone/Futura Press

Do UOL, em São Paulo

29/06/2013 09h12Atualizada em 29/06/2013 10h48

A Polícia Civil informou na manhã deste sábado (29) que prendeu um dos suspeitos de ter participado do assalto a uma família boliviana, que resultou no assassinato de Brayan Yanarico Capcha, 5, morto com um tiro na cabeça, na zona leste de São Paulo, na madrugada de sexta. Segundo a polícia, Paulo Ricardo Martins, 19, confessou ter participado da ação, porém negou ter atirado na criança.

O suspeito foi preso no 49º DP de São Matheus e vai ser transferido para o 77º DP na região central da cidade.  A Polícia ainda procura outros três homens que teriam participado da ação na casa dos bolivianos em São Matheus, na cidade de São Paulo.

De acordo com a Polícia Civil, seis homens armados invadiram a casa por volta da 0h30 de sexta-feira (28), na rua Frutos de Maio, no bairro de Jardim Conquista, anunciaram o assalto e fizeram uma família de bolivianos refém. Havia entre oito e dez pessoas no local, incluindo crianças.

A mãe disse que o filho chorava e pedia para não morrer. "Ele gritava 'não me mate, não me mate, eu não quero morrer'. Mas os bandidos não entenderam. Ele estava nos meus braços quando foi morto."

Rendida e sob a mira de uma arma, a família chegou a entregar R$ 4.500, mas um dos criminosos, insatisfeito com o valor e alheio aos pedidos dos bolivianos, atirou na cabeça da criança antes de fugir, alegando que a quantia era "pouco dinheiro".

Ainda de acordo com a polícia, o assaltante também teria ficado irritado com o choro da criança.

O menor chegou a ser socorrido para o pronto-socorro do hospital São Mateus, mas morreu minutos depois de chegar à unidade de saúde.

Latrocínios crescem em São Paulo

O número de latrocínios registrados no Estado de São Paulo aumentou 13% nos primeiros cinco meses do ano em comparação com o mesmo período de 2012. Foram 153 casos registrados no ano passado, ante 173 em 2013. Os dados foram divulgados na terça-feira (25) pela Secretaria de Segurança Pública.

Dois casos de latrocínio chamaram a atenção nos últimos meses no Estado: dois dentistas foram queimados por criminosos que assaltaram seus consultórios. O primeiro caso aconteceu no dia 25 de abril, em São Bernardo do Campo (Grande SP).

A vítima, Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 46, foi queimada depois que os assaltantes verificaram que havia apenas R$ 30 em sua conta bancária. A dentista morreu na hora.

Quase um mês depois, no dia 27 de maio, o dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, foi queimado durante um suposto assalto a seu consultório em São José dos Campos (SP) e morreu oito dias depois. Ontem, a polícia prendeu dois suspeitos de terem participado do crime.