Aeroportuários entram em 2º dia de greve, mas atrasos estão dentro da média
Os aeroportuários entram nesta quinta-feira (1º) no segundo dia consecutivo de paralisações em aeroportos de todo o país. A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina) e começou à 0h de quarta-feira.
O que pedem os aeroportuários
Aumento salarial de 16%, manutenção do plano de saúde -- o sindicato alega que a Infraero teria indicado diminuição da extensão deste -- aumento na Participação nos Lucros e Resultado (PLR), e reajuste nos salários de profissionais de nível técnico
Conforme relatório da Infraero, a quantidade de voos atrasados e cancelados está dentro da média, que é de 15%. Às 10h, de 809 voos, 52 estavam atrasados, o que representa 6,4%. Outros 51 foram cancelados, o equivalente a 6,3%.
O sindicato convocou para as 10h uma assembleia nos 63 aeroportos que a Infraero administra no país. De acordo com Samuel Santos, diretor administrativo e financeiro da entidade, a principal pauta da assembleia será repassar aos funcionários as determinações do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que a greve continue sendo considerada legal.
O que diz a Infraero
A companhia propõe reajuste de 6,4%, conforme acordo coletivo, e defende que negociações sejam feitas sem paralisações. A Infraero diz que não procede a informação de redução de benefícios
Na tarde desta quarta-feira, a Infraero entrou com um pedido de liminar no (TST) para que a greve dos aeroportuários seja considerada abusiva e ilegal. A Infraero solicita que os empregados sejam obrigados a retomar imediatamente suas atividades, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
No entanto, o presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, manteve a greve do setor aéreo, mas estabeleceu limites para o movimento. Em decisão individual provisória, ele definiu que as paralisações podem continuar, desde que algumas regras sejam seguidas.
De acordo com o ministro, é necessário manter 100% das atividades de controle de tráfego, 70% do efetivo das áreas de segurança e de operações e um percentual mínimo de 40% nos demais setores. O presidente do TST ainda estabeleceu multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
Os pedidos da Infraero não foram considerados. O ministro agendou audiência de conciliação do dissídio para a próxima terça-feira (6), a partir das 14h, na sede do TST em Brasília.
Infraero diz que adesão ocorre em apenas seis aeroportos
Conforme a Infraero, apenas em aeroportos de seis deles houve profissionais que deixaram de trabalhar. São ele: São Paulo (Congonhas), Rio de Janeiro (Galeão - Antônio Carlos Jobim), Vitória (Eurico de Aguiar Salles), Recife (Guararapes - Gilberto Freyre), Fortaleza (Pinto Martins) e Salvador (Dep. Luís Eduardo Magalhães). A Infraero diferencia manifestações da adesão propriamente dita, que ocorre quando profissionais deixam de exercer suas funções.
O Sina divulgará apenas no fim da tarde a quantidade de funcionários e de aeroportos em que houve adesão.
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